LULA tem proposta que pode ALIVIAR endividados com estas contas

Auxiliares do candidato à Presidência Luis Inácio Lula da Silva, começaram a defender a divulgacão de programas econômicos após o desempenho dele no debate realizado na Band ter recebido críticas. 

Um destes projetos é o Desenrola, programa de renegociação de dívidas de contas de consumo como água, luz e telefone, direcionado para famílias que recebem até 3 salários mínimos, ou uma renda de R$3.636. O programa foi revelado em uma postagem do perfil Lulaverso no Twitter, que é administrado pela campanha do candidato.

Idéia de Ciro Gomes?

Foi negado pelo economista Guilherme Mello, coordenador do NAPP (Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas) Economia da Fundação Perseu Abramo, que está participando da criação do programa, que esta seja uma cópia da idéia de Ciro Gomes.

Ele disse que da mesma forma que Gomes apresentou a proposta de limpar o nome dos inadimplentes em 2018, o partido de Lula também tinha uma idéia neste sentido nas eleições de 2018. “Nosso foco neste primeiro momento é outro. São as dívidas não bancárias”, disse ele ao UOL.

O candidato Ciro quer resolver o problema do endividamento das famílias as quais classificou de “prisioneiros do SPC e do Serasa”, focando nas dívidas com instituições financeiras. “Podem tremer de medo as cinco ou seis famílias de banqueiros, e os poucos milhares de especuladores que lucram com isso”, disse Ciro Gomes. 

O economista do PT explicou que a finalidade do Desenrola, ao focar na população mais carente, é de fazer com que as dívidas com contas básicas como energia e água possam ser renegociadas. “A gente quer limpar o nome das pessoas, mas o foco é aliviar a vida das famílias de menor renda que entraram na situação de endividamento por sobrevivência”, explicou ele ao UOL.

Guilherme Mello disse ainda que o projeto, mesmo que não tenha sido citado no programa de governo de Lula, consta nas diretrizes do programa onde o candidato  prometeu proporcionar a renegociação das dívidas das famílias e das pequenas e médias empresas através de bancos públicos e de incentivos a instituições privadas.

“Hoje, temos em torno de 68 milhões de pessoas negativadas, sendo que 70% das dívidas são não bancárias. Deste montante, calculamos que 47% do estoque vem de famílias até 3 salários mínimos. Será esse o público que tentaremos atingir num primeiro momento”, afirmou ele ao UOL.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.