Em agosto, grande parte dos fundos imobiliários que mais pagaram dividendos aos acionistas são de recebíveis, também conhecidos como de “papel”. Estes FIIs aplicam em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação ou à taxa do CDI, como é o caso dos CRIs.
O levantamento dos fundos imobiliários que mais pagaram dividendos foi realizado pelo InfoMoney, com base em dados da Economatica. A pesquisa leva em conta FIIs que integram o Ifix, o principal índice de fundos imobiliários da bolsa de valores brasileira, a B3.
Para agosto, todas as carteiras já chegaram a anunciar as distribuições de dividendos previstas.
De todos os 101 fundos imobiliários analisados, 47 registaram um dividend yield maior que 1% em agosto. No mês anterior, o número de FIIs que atingiram este patamar foi 59.
O dividend yield é um indicador que estabelece quanto alguma ação paga de dividendos. Isso acontece por meio da comparação da quantia paga aos acionistas em comparação à cotação do papel.
Os dividendos, por sua vez, representam a parcela de lucro líquidos que as companhias listadas na bolsa de valores distribuem aos acionistas.
Fundos imobiliários que se destacaram em agosto
Estes foram os dez fundos imobiliários que mais pagaram em agosto, e os respectivos retornos com dividendos:
- Polo Recebiveis (PORD11): 1,54%
- Riza Akin (RZAK11): 1,52%
- Plural Recebíveis Imobiliários (PLCR11): 1,45%
- Átrio Reit Recebíveis (ARRI11): 1,45%
- Ourinvest JPP (OUJP11): 1,43%
- BARIGUI (BARI11): 1,42%
- NCH High Yield (NCHB11): 1,39%
- Habtat II (HABT11): 1,33%
- TG Ativo Real (TGAR11): 1,33%
- AF Invest Cri (AFHI11): 1,32%
A maioria dos fundos imobiliários presentes na lista são do setor de Títulos e Valores Mobiliários. As exceções são o Plural Recebíveis Imobiliários, do setor Híbrido; e o TG Ativo Real, que integra Outros.
O FII que ocupa a primeira posição, o Polo Crédito Imobiliário aplica, especialmente, em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). O CRI representa as futuras receitas de companhias do segmento imobiliário — como aluguéis ou parcelas pela venda de apartamentos — vendidas aos investidores.
Geralmente, esse título é corrigido por um indicador, que tende ser o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ou Certificado de Depósito Interbancário (CDI), por exemplo.