PREÇO DO LEITE continua mais caro que a gasolina e você PRECISA saber o motivo

Mesmo com a queda no preço do leite, os consumidores estão pagando mais caro pelo litro do alimento do que pelo litro de gasolina. Os dados do combustível são da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15) de agosto.

O preço do leite se tornou um dos vilões da cesta básica do brasileiro. O valor da caixa do leite longa vida de 1 litro é encontrado por quase R$ 8 em São Paulo. Não há uma média nacional, já que o preço varia muito a depender da região.

Já o litro da gasolina, após a redução do ICMS, está sendo comercializado, na média, por R$ 5,40 no país. Segundo a ANP em alguns lugares o combustível já é comercial por menos de R$ 5. Assim, os consumidores estão pagando mais pelo litro de leite do que pelo litro de gasolina.

O IPCA-15 de agosto apontou que de Janeiro a agosto deste ano o preço do litro de leite longa vida teve aumento de 79,79%. Já a gasolina, no mesmo período, teve uma queda de 14,91%. Os dados foram divulgados na última quarta (24).

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Por que o preço do leite subiu tanto?

A produção leiteira envolve diversos fatores que levaram ao aumento do alimento. Assim, entre os principais motivos estão a sazonalidade, ou seja, os períodos de estiagem, e o preço da ração para as vacas.

Todos os anos, o Brasil sofre com  a estiagem característica do inverno. Esse fato dificulta a produção de pastagens, levando à necessidade de suplementação no alimento dos animais. Com isso, o preço da criação acaba saindo mais cara e é preciso repassar para o consumidor.

A alta no preço da ração, que é feita de milho, trigo e soja, foi outro fator que contribuiu para a alta do leite. Segundo o engenheiro agrônomo da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Kaliton Prestes, destaca ainda que a a produção de milho neste ano foi de baixíssima qualidade.

“Tivemos lavouras de milho com perdas de até 100% em safra por causa da falta de chuvas. Os lotes produzidos foram de qualidade ruim, ou seja, com baixo valor nutricional, o que afeta o custo da ração”, explicou Prestes.

Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.
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