Uma redução de 15,7% na gasolina de aviação foi anunciada pela Petrobras ontem (dia 29) para a venda às suas distribuidoras. É a segunda queda consecutiva no preço do combustível que é usado geralmente em aeronaves pequenas e que tem motores por ignição a centelha.
Anteriormente no início de agosto a gasolina já havia sofrido uma redução de 5,7%. O novo valor passa a vigorar a partir de quarta-feira (1°). Em nota divulgada pela Petrobrás, as atualizações são redefinidas mensalmente por meio de fórmula contratual, junto às distribuidoras da petrolífera.
“Acompanham as variações do valor do produto e da taxa de câmbio, para cima e para baixo, com ajustes aplicados em base mensal, mitigando a volatilidade diária das cotações internacionais e do câmbio”, esclarece a nota da empresa.
Ainda, a estatal ressalta que não possui monopólio sobre o produto e sua comercialização, que o mercado brasileiro é aberto e livre para concorrência. As revendedoras e distribuidoras, que ficam a cargo das instalações nos aeroportos e pelos serviços de abastecimento das aeronaves, podem comprar combustíveis de importadores e produtores de sua preferência.
A querosene de aviação, por sua vez, também havia sofrido redução por parte da estatal a três dias atrás. O combustível é prioritariamente utilizado em aviões e helicópteros dotados de motores a turbina.
O querosene de aviação é um dos combustíveis mais demandados no tocante ao transporte aéreo. A queda, estabilizada em 10,4%, também começa a valer a partir de quarta-feira (1°). Com a redução dos combustíveis é esperado preços de transportes de cargas e pessoas também tenham seus devidos preços reajustados.
Os Impactos dos preços nas eleições
É do interesse do Governo federal que essas reduções tenham um impacto final na população, visando esquentar as atividades no setor, principalmente no tocante ao transporte de pessoas. A aviação comercial tem sido alvo de críticas mediante as taxas atreladas ao serviço que sofreram reajuste (como por exemplo o despacho de bagagens).
O preço dos combustíveis tem sido motivo de alerta para o governo federal, principalmente agora, em período eleitoral, quando o presidente Jair Bolsonaro busca reeleição. O governo tem solicitado à empresa reduções nos preços de todos os seus derivados desde a equiparação de preços nacionais com os internacionais.