A fim de aumentar as chances de ser eleito presidente do país, a campanha de Lula (PT) trouxe novas propostas para o setor de assistência social. O intuito é criar um novo Bolsa Família, programa que já existia na época de governo do PT, mas que foi extinto por Jair Bolsonaro (PL) e substituído pelo Auxílio Brasil. Além de manter o piso de R$ 600, o candidato promete adicionar R$ 150 por família.
O Bolsa Família que foi criado em 2003 funcionou até 2021, a partir deste ano o governo Bolsonaro deu início ao pagamento do Auxílio Brasil. Um dos objetivos era desvincular o principal programa social do país ao governo petista. No entanto, durante sua campanha eleitoral Lula já demonstrou interesse em recriar um novo Bolsa Família, retornando as origens.
Para tanto, o valor de pagamento mensal seria de R$ 600 no mínimo, considerando que hoje esta é a quantia repassada pelo Auxílio Brasil, mas que tem previsão de término para dezembro de 2022. Até 2021 as famílias recebiam de R$ 89 a R$ 220, em média, mas passaram a ser contempladas com R$ 400 no mínimo pelo novo programa.
A fim de equiparar o novo Bolsa Família com o Auxílio Brasil que é uma ferramenta de defesa de Bolsonaro, Lula anunciou que além dos R$ 600 que ele quer manter para 2023, ainda vai trazer adicionais. Por exemplo, de R$ 150 por mês para famílias com crianças de até 6 anos.
Novo Bolsa Família
O anuncio de que o novo Bolsa Família vai contar com adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos, foi feito no dia 28 de agosto por meio do perfil Lulaverso do Twitter. Este é um canal que tem sido usado por assessores de comunicação do candidato para alcançar o público adepto as redes sociais.
Não foi dito como funcionaria este adicional, quais os custos e quando ele deve iniciar. A Folha de S. Paulo calculou gastos perto de R$ 16,2 bilhões no ano apenas com o bônus, considerando que existem 9 milhões de pessoas dentro deste público alvo que foi mencionado na campanha, ou seja, o de crianças de até 6 anos.
O intuito desta parcela extra, entre outras coisas, é trazer um modelo de programa social próximo do que era exercido quando o Bolsa Família funcionava, fazendo adicionais de valores dependendo da composição da família. A forma como o Auxílio Brasil é hoje, pagando R$ 400 independente da composição familiar, é criticada por economistas que auxiliam no plano de governo do PT.
“Um homem solteiro ganha R$ 600, uma mãe com quatro filhos ganha os mesmos R$ 600“, criticou Guilherme Mello, coordenador do Napp (Núcleo de Acompanhamento de Políticas Públicas) Economia da Fundação Perseu Abramo e que tem colaborado para a elaboração do programa do PT.