Enquanto o preço da GASOLINA cai os ALIMENTOS ficam mais caros. Entenda o motivo

O Diesel e alimentação estão entre os itens que mais pesaram no bolso do Brasileiro de janeiro a agosto deste ano, por exemplo, o leite longa vida chegou a um aumento  de 79,79%. De acordo com o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15) de agosto, o indicador é conhecido como “prévia da inflação”. Já itens como a gasolina apresentaram queda.

Enquanto o preço da GASOLINA cai os ALIMENTOS ficam mais caros. Entenda o motivo (Imagem: Montagem/FDR)
Enquanto o preço da GASOLINA cai os ALIMENTOS ficam mais caros. Entenda o motivo (Imagem: Montagem/FDR)

Já os itens que tiveram redução em seus preços podemos destacar a energia elétrica (20,12%), Etanol (19,20%) e gasolina (14,91%). Com o sobe e desce dos preços o brasileiro tem olhado para o futuro com incertezas sobre a manutenção do seu padrão de vida.

Como esses preços estão chegando a isso?

Bem, de acordo com especialistas, o aumento do leite (um dos gêneros alimentícios que mais subiu de preço) foi influenciado por fatores como entressafra, preço da ração e dos alimentos, custo do Diesel e dos fertilizantes.

Os custos de produção também subiram, e refletiram diretamente no preço dos alimentos, incluindo o diesel, amplamente usado nos caminhões que fazem o transporte de frutas, e fertilizantes, que por sua vez ficaram ainda mais caros com os conflitos entre Rússia e Ucrânia. Já que ambos os países são grandes exportadores agrícolas.

No tocante à queda nos preços da energia, etanol e gasolina, a redução se dá por conta da redução da alíquota de ICMS (Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços) nestes serviços em específico. A luz elétrica, por exemplo, teve revisões tarifárias extraordinárias de diversas distribuidoras que operam nas áreas de abrangência do índice.

Maiores altas (janeiro a agosto)

  •  Leite longa vida: 79,79% 
  • Pepino: 78,61% 
  • Melão: 64,16% 
  • Morango: 60,49% 
  • Cebola: 56,57% 
  • Melancia: 50,93% 
  • Manga: 47,88% 
  • Óleo diesel: 37,28% 
  • Alimento infantil: 34,49% 
  • Feijão-carioca (rajado): 33,99% 

Maiores baixas (janeiro a agosto) 

  • Laranja-lima: -26,79%
  • Tomate: -20,96% 
  • Energia elétrica residencial: -20,12% 
  • Etanol: -19,20% Limão: -17,98% 
  • Carne de carneiro: -17,39% 
  • Abacate: -16,80% 
  • Gasolina: -14,91% 
  • Banana-maçã: -12,59% 
  • Pimentão: -12,08% 

Os Preços nos últimos 12 meses

Nos últimos 12 meses, os destaques entre as maiores altas são passagens aéreas (75,34%), leite longa vida (69,73%) e diesel (58,81%). Entre as maiores baixas, ficaram a Energia Elétrica Residencial e o arroz.

Maiores altas (agosto de 2021 a agosto de 2022)

  • Mamão: 85,02% 
  • Cebola: 79,98% 
  • Passagem aérea: 75,34% 
  • Melancia: 71,19% 
  • Leite longa vida: 69,73% 
  • Melão: 63,32%
  • Óleo diesel: 58,81% 
  • Café moído: 53,22% 
  • Tangerina: 48,89% 
  • Transporte por aplicativo: 48,8%

Maiores baixas (agosto de 2021 a agosto de 2022) 

  • Carne de carneiro: -19,26% 
  • Abobrinha: -14,03% 
  • Energia elétrica residencial: -12,37% 
  • Feijão-preto: -12,22% 
  • Limão: -10,41% 
  • Console de videogame: -8,01% 
  • Coentro: -7,55% 
  • Saco para lixo: -7,47% 
  • Arroz: -6,59% 
  • Açaí (emulsão): -6,55%

Como o IPCA-15 é calculado?

A pesquisa de preços foi feita entre de julho e   de agosto de 2022. Os resultados foram comparados aos preços vigentes entre 14 de junho e 13 de julho de 2022. O indicador se refere às famílias com rendimento de 1 até 40 salários mínimos.

O estudo abrangeu as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e o município de Goiânia. A metodologia é a mesma utilizada no IPCA, no entanto se refere a uma área geográfica e datas de coleta de dados específicas.