CRIPTOMOEDA do Mercado Livre é lançada e objetivo SURPREENDE

O Mercado Livre, famosa plataforma de venda e compra de produtos, lançou sua criptomoeda própria que irá funcionar com um tipo de cashback como forma de engajar os usuários e deixar seu programa de fidelidade mais robusto. 

O usuário irá receber a cada compra uma quantidade de Mercado Coin que vai poder ser usado para obter descontos em próximas compras, trocada por dinheiro ou acumulada, se o mesmo tiver conta no Mercado Pago.

“Imaginamos uma adesão muito grande e engajamento no nosso programa de lealdade”, disse ao Valor Investe o presidente da Mercado Livre, Fernando Yunes.

A criptomoeda do Mercado Livre foi lançada na última quinta, 18, para um público de 500 mil pessoas e será expandido para toda a base de clientes brasileiros da plataforma de vendas até o final deste mês.

A cripto não expira e somente pode ser usada para obter descontos em compras. Não é preciso que o cliente possua uma conta no Mercado Pago para usar a moeda, somente caso ele deseje vender as criptomoedas, que serão negociadas somente através deste sistema.

Não existe uma quantia estabelecida de criptos que serão concedidas por compra. A quantidade será determinada segundo a gestão comercial da plataforma. Em datas comemorativas, como Dia das Mães, Dia dos Pais ou Black Friday, por exemplo, os clientes poderão obter mais Mercado Coins em cada compra.

Fernando disse ainda que a criptomoeda poderá ser usada para operações em outros países, no entanto ainda não foi criado um cronograma para isso. Futuramente, será possível transferir as Mercado Coins para outras carteiras de criptomoedas, mas também não existe previsão.

Esta nova moeda inicia com cotação de US$10, mas o valor vai ser definido pela oferta e demanda desse ativo dentro do ecossistema do Mercado Livre. Como foi explicado pelo  gerente sênior de desenvolvimento corporativo do Mercado Livre, Guilherme Cohn, a Mercado Coin não possui um lastro, já que não é “stablecoin”, como são conhecidas as criptomoedas com paridade em divisas como o dólar. Por conta disso, o valor pode mudar segundo a oferta e demanda.

“Inicialmente não iremos listar a Mercado Coin em nenhuma ‘exchange’ externo. É um lançamento controlado. Temos um pool de liquidez centralizado para a moeda, com processos de ‘know your client’ em todos os passos”, afirma Cohn ao Valor Investe.

Paulo AmorimPaulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.