Não foi só o número de novos inscritos no Auxílio Brasil que cresceu nos últimos anos, de acordo com a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foram gerados 365 novos empregos formais para cada 1 mil famílias beneficiadas pelo programa. Foram considerados apenas os empregos com registro em carteira, autorizados pelas regras do programa social.
O Auxílio Brasil é pago para famílias com renda mensal de até R$ 205 por pessoa. Desde a época do Bolsa Família a regra sobre o emprego formal para os contemplados é a mesma, liberando que essas pessoas passem a trabalhar e permaneçam no programa por até dois anos. Mas ao comparar os dois programas o Ipea viu que o atual sistema está sendo mais eficiente.
Isso porque, em 2009 foram inclusas 2 milhões de novas famílias no Bolsa Família, mas esta alta de inscrições não acompanhou a geração de empregos, ou seja, nada mudou para o mercado de trabalho. Enquanto isso, com a inclusão de novas famílias no Auxílio Brasil o número de empregados no regime formal também cresceu.
Erik Figueiredo, presidente da entidade, disse que realmente existe uma ligação entre a geração de emprego formal e os pagamentos do auxílio. Ele relaciona a inclusão no programa social como uma maneira das famílias estarem respaldadas e se sentirem a vontade para buscar por emprego.
“O programa social, nesse caso, cumpre sua função, de dar segurança para que as pessoas possam buscar alocação e qualificação para entrada no mercado de trabalho formal”, afirmou Figueiredo, em coletiva de imprensa.
Importância do Auxílio Brasil
Os dados do Ipea mostra que 33% da geração de emprego foi em cidades com menos de 100 mil habitantes. O instituto relaciona o aumento de formalidade nestes locais porque “a pobreza precede a concessão do auxílio”, logo segundo o Ipea, é natural que o Auxílio Brasil esteja mais concentrado em cidades pobres e com mais informalidade.
Outro ponto importante sobre o Auxílio Brasil foi trazido pelo Ipea. De acordo com a pesquisa, o adicional de R$ 200 ao pagamento do programa que possibilitou o repasse de R$ 600 até dezembro, aumenta em pelo menos 116% o poder de compra dos contemplados.
Também acredita-se que até o final deste ano haja queda nos índices de pobreza de 24% no país, o número é bem visto já que para o mundo todo as expectativas são de que haja crescimento deste mesmo índice de 15% em todo mundo.