Na segunda-feira (15), a Petrobras anunciou um novo corte na cobrança do litro da gasolina em suas distribuidoras. A diminuição é de 4,9% o que não prática representa mudança de R$ 3,71 para R$ 3,53, e faz com que o preço do litro caia R$ 0,18. As mudanças passam a valer a partir desta terça-feira (16), atingindo apenas este tipo de combustível.
Mais uma vez a Petrobras confirma que o preço do litro da gasolina vai cair nas bombas, a estimativa é que a diminuição seja de R$ 0,13 nos postos de gasolina. Isso porque, para produzir o produto é feita uma mistura entre dois componentes: 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro. Na prática, a estatal acredita que sua parcela de contribuição para o valor final do produto vai cair de R$ 2,70 para R$ 2,57.
Há meses o valor cobrado pelo litro da gasolina, e em outros combustíveis como etanol e diesel, têm sido um problema recorrente no atual governo. Principalmente ao considerar o desejo de reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Pensando nisso, o chefe da União indicou para presidência da Petrobras Caio Mário Paes de Andrade.
Caio assumiu a cadeira no mês de junho e desde então esta já é a terceira diminuição no valor da gasolina. A mais recente aconteceu em 29 de julho, quando a redução nas distribuidoras foi de R$ 0,15. O pedido de queda de valores partiu do presidente que já havia buscado essas mudanças ao fazer outras trocas de presidência na Petrobras, mas foi acusado de interferência.
Por mais de uma vez Bolsonaro criticou os ganhos e lucros da Petrobras, e chegou a usar termos como “estupro” e “absurdo” ao falar sobre os recolhimentos da estatal. Acontece que o próprio governo federal é o maior acionista da empresa, logo é quem recebe mais dos lucros.
Queda no litro da gasolina tem algumas explicações
Para justificar mais uma queda no litro da gasolina, a Petrobras informou que as mudanças no mercado internacional foram importantes para essa diminuição. Além de estar dentro da prática de preços adotadas pela estatal.
“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio“, informa a companhia.
Outro ponto que interfere no valor final da gasolina, encontrada nos postos, é a diminuição da cobrança do ICMS. O imposto estadual passou a ser limitado entre 17% e 18% em todas as regiões, o que forçou a diminuição no preço cobrado diretamente nos postos de gasolina.
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