Gradativamente, o preço dos combustíveis volta ao normal. A novidade da vez é o anúncio da Petrobras quanto a um novo reajuste no preço do diesel. Até então, o combustível era um dos poucos que permanecia em um patamar elevado.
Com o reajuste, a redução no preço do diesel passou de R$ 5,41 para R$ 5,19 o litro, promovendo uma economia de R$ 0,22 no bolso do consumidor desde esta sexta-feira (12). Esta já é a segunda queda no preço do combustível, sendo que a última foi no dia 5 de agosto.
Na data em questão, o preço médio do diesel nas distribuidoras foi alterado de R$ 5,61 para R$ 5,41 o litro. É importante mencionar que, todos os valores mencionados se referem, exclusivamente, às refinarias. Segundo a Petrobras, o preço final custeado pelo consumidor será de R$ 4,67 nas bombas.
O anúncio desta medida acompanha os preços de referência que passaram por uma estabilização inferior se tratando do diesel. Na oportunidade, a companhia também afirmou o intuito em ficar em conformidade com a atual prática de preços baseada no mercado internacional.
Preço dos combustíveis está vinculado à taxa inflacionária
Nesta semana, o Brasil registrou a menor taxa inflacionária desde o ano de 1980. O IPCA teve uma queda de 0,68% em julho. No cenário brasileiro, o setor de transportes teve uma queda intensa, de -4,51%, contribuindo com o maior impacto negativo.
Já o preço dos combustíveis caiu em 14,15%. Os preços foram instigados por medidas governamentais de controle nos valores de combustíveis, energia elétrica, além de duas reduções no preço da gasolina, cuja determinação partiu da própria Petrobras.
Apenas em julho, a gasolina teve uma queda de 15,48%, seguida pelo etanol em -11,38%, e pelo gás veicular em -5,67%. Somente o diesel manteve a alta de 4,59%.
“Apesar de termos tido deflação neste mês, trata-se de um alívio temporário influenciado pelas medidas do governo de redução do ICMS“, destaca Fabio Louzada, economista e fundador da Eu me banco.
Governo planeja redução no imposto sobre combustível
O preço dos combustíveis deve ter uma nova queda caso o planejamento do Governo Federal se concretize. O barateamento está condicionado a uma nova proposta de Orçamento para 2023, que prevê a redução dos impostos incidentes sobre os combustíveis.
Se a redução dos impostos sobre combustíveis se tornar uma realidade, a medida entrará em vigor somente em 2023.
Recentemente, o Governo Federal reduziu a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ao estabelecer que os estados adotem um limite entre 17% e 18%, automaticamente, reduzindo o preço dos combustíveis.
Entretanto, a redução do ICMS barateando o preço dos combustíveis é válida somente até dezembro de 2022. A nova proposta ainda tem caráter especulativo e deve ser enviada ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto. Destacando que a manutenção dessas investidas deve ter um custo de R$ 55 bilhões aos cofres públicos.