De acordo com um relatório concedido pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), divulgada na segunda-feira (8), o valor cobrado pelo diesel no Brasil tem uma defasagem de 14% comparado com o mercado internacional. Na prática, isso significa uma diferença de R$ 0,64 por litro, enquanto na gasolina a defasagem é de 8%, ou seja, R$ 0,24 por litro.
Na última sexta-feira, 5, o valor do diesel diminuiu nas refinarias. Isso depois da Petrobras anunciar corte de 3,56% o que representou a queda de R$ 0,20 por litro. Ainda assim, o relatório da Abicom mostra que existe uma defasagem de 14% entre o valor concedido e o que tem sido praticado pelo mercado internacional.
Para chegar a essa conclusão foi usado como referência o preço de paridade de importação (ppi) que é o método que a Petrobras utiliza para definir o valor cobrado pelos combustíveis. Para tanto, também foi usado como parâmetro os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo no fechamento do mercado no dia 05 de agosto deste ano.
Na prática, isso significa que o valor cobrado pelo diesel está 14% maior do que aquele praticado no mercado internacional. E ainda, para equiparar esses valores atualmente cobrados seria necessário mais uma redução de R$ 0,64 por litro. Isso significa que a mudança autorizada pela Petrobras na última semana não acompanha as alterações do mercado global.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a elogiar a redução no preço cobrado pelo diesel e anunciado pela Petrobras. Inclusive, esta diminuição foi um pedido do próprio presidente já que desde maio de 2021 não haviam alterações neste produto.
Além do diesel a gasolina também está defasada
O relatório da Abicom também mostrou que além do diesel a defasagem da gasolina chega a 8%, o que na prática é de R$ 0,24 por litro. A fim de que a diminuição de preços continue, o presidente Bolsonaro prometeu que ao ser reeleito vai manter em 2023 a desoneração dos impostos federais sobre a gasolina.
Além da desoneração dos tributos do governo federal, foi aprovado pelo Congresso Nacional a limitação na cobrança do ICMS que é um imposto estadual. Na prática, essa medida limitou em 17% a 18% o valor do tributo aplicado sobre os combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte público.