Governo enfrenta NOVO PROBLEMA para PAGAR o AUXÍLIO BRASIL afetando os segurados

Foi descoberto por meio do levantamento de dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que a fila de espera para receber o Auxílio Brasil é o dobro do que foi anunciado pelo Ministério da Cidadania. A análise foi referente ao mês de maio deste ano, quando o governo informou que haviam quase 765 mil famílias aguardando inscrição. Enquanto a CNM mostrou que no mesmo mês 1,8 milhão de famílias esperavam para entrar no programa.

Governo enfrenta NOVO PROBLEMA para PAGAR o AUXÍLIO BRASIL afetando os segurados
Governo enfrenta NOVO PROBLEMA para PAGAR o AUXÍLIO BRASIL afetando os segurados (Imagem: FDR)

Uma das explicações para a diferença entre os dados do Ministério da Cidadania e do CNM está ligada a forma como se considera a fila de espera no Auxílio Brasil nas duas instituições. Para oficialmente entrar na fila do governo é preciso passar por uma série de etapas e filtros. Enquanto a CNM leva em conta as famílias com renda inferior a R$ 210 por pessoa que estão inscritas no Cadastro Único.

Para ser elegível ao recebimento do programa é preciso ter renda familiar entre R$ 105 e R$ 210 por pessoa da família, considerando que esse grupo vive na linha de pobreza e extrema pobreza. Além de estar devidamente cadastrado no CadÚnico com atualização de dados nos últimos dois anos.

Por outro lado, além de cumprir com os requisitos básicos a família deve esperar a liberação de orçamento do governo federal para conseguir entrar no programa. Isso porque, novos inscritos passam a fazer parte do programa quando há recursos públicos disponíveis. Além disso, existem algumas prioridades, como para famílias com gestantes, crianças e adolescentes.

Inscrição no Auxílio Brasil

Depois que o adicional de R$ 200 no pagamento mínimo de R$ 400 do Auxílio Brasil foi anunciado, cresceu o interesse em receber o programa. Desde então, centenas de pessoas passaram a fazer sua inscrição no Cadastro Único, ou atualizando a inscrição já existente.

Segundo a CNM, esta novidade forçou a sobrecarga dos pontos de atendimento do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) dos municípios. Considerando que nos anos de pandemia a atualização de dados havia ficado suspensa sem prejudicar os beneficiários, a fim de que as famílias ficassem em casa.

A pressão dessa averiguação cadastral recai sobre os municípios. Como os servidores da assistência social não estão dando conta da fila de quem está nessa atualização cadastral, como é que vão fazer busca ativa para identificar as famílias que estão em situação de pobreza, por exemplo?“, pondera o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski.

Fila de espera é um problema de estado

A CNM critica a forma de pagamento do Auxílio Brasil e diz que ele não considera a situação de vulnerabilidade das famílias. Além disso, afirma que a inclusão de novos beneficiados é mais lento do que o aumento de cadastrados.

A instituição também estima que no período de agosto a dezembro de 2022 seria preciso um orçamento de R$ 12,2 bilhões por mês para zerar a fila de espera no programa. “O valor estimado é 66% superior à média mensal (R$ 7,4 bilhões) de gasto do programa até julho deste ano”, justificou a entidade.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]