Para montar uma carteira de fundos imobiliários, diversos fatores externos precisam ser considerados. No primeiro semestre deste ano, os investidores em FIIs enfrentaram grandes desafios. Já para a segunda metade do ano, também são esperadas fortes emoções nesta área de investimento em renda variável.
Com a chegada do segundo semestre, diversos investidores passam a reavaliar suas carteiras de investimento, como os fundos imobiliários. Desse modo, será possível verificar se os fatores que resultaram em alguma decisão seguem válidas ou não.
Segundo análise do colunista do UOL, Lucas Elmor, a primeira metade do ano testou fortemente os investidores iniciantes. Na segunda metade do ano, também devem existir grandes emoções.
Diante atual da conjuntura macroeconômica, deve haver uma recessão global futura. Contudo, devido ao caráter peculiar desse panorama para Bancos Centrais e investidores, é difícil estimar com exatidão quando a recessão iniciará — e o tempo de duração.
Na visão de analistas, a recessão não será tão profunda quanto a ocorrida em 2008. Isso porque, desde então, a regulação sobre bancos foi aprimorada. Além disso, estão mais rígidos os limites de alavancagem, e os balanços das companhias estão mais saudáveis.
Conforme o colunista, em meio aos movimentos recentes de generalizada venda das cotas, o mercado de fundos imobiliários pode oferecer boas oportunidades de entrada em títulos descontados para construir carteiras de investimento de longo prazo.
No entanto, no curto prazo, esse movimento precisa ser feito com bastante cuidado. Para o investidor não se arrepender, será necessário esperar o surgimento de boas oportunidades.
Uma classe de fundos imobiliários aparece como favorita entre especialistas
Ao programa Liga de FIIs, do InfoMoney, a analista da XP, Maria Fernanda Violatti, e o economista do Clube FII, Thiago Otuki, indicaram os fundos imobiliários de papel como favoritos para o segundo semestre. Isso em meio às estimativas para inflação e juros. O programa foi gravado no final de junho.
Os fundos imobiliários de papel aplicam em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação e à taxa do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Segundo previsão de Thiago, possivelmente, existirá uma demora maior do que o previsto para controlar a inflação para o centro da meta do governo. Essa estimativa faria com que o Banco Central mantenha a taxa básica de juros, a Selic, alta por mais tempo.
Os FIIs de papel são blindados do aumento da inflação e dos juros. Com isso, esta classe seria favorecida por este panorama previsto pelo economista.
Conforme Maria Fernanda, os fundos imobiliários de papel também são os mais indicados para a segunda metade do ano.
Ela apontou duas opções na bolsa de valores para investidores: o fundo RBR Rendimento High Grade (RBRR11) e o fundo XP Crédito Imobiliário (XPCI11). Os dois possuem foco no investimento em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs).