Na última semana, a redução média do preço da gasolina em todo país foi de R$ 1,75. A expectativa é de que a baixa venha a impactar na conta de luz e outros serviços. Os novos preços do litro do combustível é um reflexo do limite na cobrança do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
De acordo com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, na última quarta-feira (20), descontos significativos nos serviços de telecomunicações devem ser vistos no país durante o próximo mês. Para o ministro, a redução do imposto deve trazer um alívio para a economia.
Gasolina mais barata deve causar impacto na economia nacional
Com a redução do ICMS sobre a gasolina, a redução do preço dos combustíveis deve aos poucos ir impactando em serviços. A expectativa é de que a medida impulsione o setor de energia elétrica.
Nos primeiros meses do ano, o brasileiro sentiu o efeito cascata do aumento dos combustíveis. A situação ocasionou na alta dos preços de produtos e serviços como o de energia elétrica, resultando na conta de luz mais cara.
Isso porque, o aumento dos combustíveis mexe com toda a cadeia produtiva. Os aumentos refletem desde no combustível utilizado para produzir energia nas termelétricas até a produção e logística de qualquer produto. O modelo revela o quanto todos os sistemas são reféns dos combustíveis.
Redução do ICMS sobre a gasolina começa a ser sentida
Em uma tentativa de frear a alta dos preços dos combustíveis, o Governo Federal fixou o teto de gastos para o ICMS no início do mês. No entanto, a adoção da medida precisava ser aceita pelos governos estaduais, que demonstraram certa resistência.
Para o ministro Adolfo Sachsida, a forma como os estados receberam a medida não leva em consideração o difícil cenário enfrentado.
“Em 2019, tivemos o maior acidente ambiental da história do Brasil, o desastre de Brumadinho. Em 2020, a maior pandemia da história da humanidade, que continuou em 2021 – com a maior crise hídrica da história do Brasil. Em 2022, a maior movimentação de tropas desde a Segunda Guerra Mundial. É um ambiente muito difícil internacional e nacionalmente”, disse Sachsida.
O ministro completou sua fala criticando a forma como os estados concentram suas arrecadações:
“Do ponto de vista econômico, é um erro. Porque o peso morto do imposto aumenta com o tamanho da tributação. Quando se aumenta demais certos tributos, como a energia, você destrói empregos e produção. Avançamos no caminho correto”, acrescentou.