De acordo com levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica aumentou em 9 das 17 capitais onde a entidade realiza a pesquisa. A alta dos preços se deve ao reflexo da inflação sobre os alimentos, a situação tem preocupado o brasileiro que sente no bolso o impacto do problema.
O último levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (6) e aponta o aumento registrado entre os meses de maio e junho, além da alta semestral e dos últimos 12 meses para os produtos que compõem a cesta básica. Além disso, a pesquisa destaca também que a cesta básica mais cara do país segue sendo a da cidade de São Paulo, custando R$ 777,01, apesar da capital não ter sofrido a maior variação mensal.
Preço das cestas básicas em 17 capitais do país é divulgado pela Dieese
Segundo a pesquisa, as maiores altas de junho foram registradas no Nordeste, nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%). As baixas mais significativas foram notadas no Sul, em Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%).
Confira a lista completa com o preço médio da cesta básica em junho, por capital:
- São Paulo: R$ 777,01
- Florianópolis: R$ 760,41
- Porto Alegre: R$ 754,19
- Rio de Janeiro: R$ 733,14
- Campo Grande: R$ 702,65
- Curitiba: R$ 701,26
- Brasília: R$ 698,36
- Vitória: R$ 692,84
- Goiânia: R$ 674,08
- Fortaleza: R$ 657,00
- Belo Horizonte: R$ 648,77
- Belém: R$ 632,26
- Recife: R$ 612,34
- Natal: R$ 611,79
- João Pessoa: R$ 586,73
- Salvador: R$ 580,82
- Aracaju: R$ 549,91
Fonte: Dieese
A comparação entre o valor da cesta básica dos meses de junho de 2022 e junho de 2021 apontam alta em todas as capitais, sendo a menor em Vitória (13,34%) e a maior em Recife (26,54%).
Em junho, o salário mínimo ideal seria de R$ 6.527,67
A alta da inflação traz à tona o debate sobre o salário mínimo brasileiro, que atualmente tem o piso de R$ 1212. Segundo a pesquisa do Dieese, o valor está longe do ideal, já que no mês de junho, de acordo com o preço médio da cesta básica, o brasileiro precisa comprometer 59,68%. Dessa forma, o salário ideal calculado pela entidade seria de R$ 6.527,67.
O cálculo leva em consideração a determinação constitucional que afirma que o salário mínimo deve suprir as despesas básicas de alimentação, moradia, saúde, educação, higiene, transporte, vestuário, previdência e lazer do trabalhador e família.