Cheque em branco faz listagem pública de plataforma de criptomoedas ser cancelada

Por meio de um comunicado revelado nesta terça, 5, a listagem pública da plataforma de negociação eToro através da fusão com a empresa de aquisição de propósito específico (SPAC) FinTech Acquisition Corp, foi cancelada.

Uma “empresa do cheque em branco” (SPAC) é uma empresa que não possui um negócio, mas que deseja utilizar recursos captados em um IPO para comprar um. 

As empresas alegaram que as determinações de acordo da fusão, que tinham sido propostas em março de 2021, não foram obedecidas. 

A fusão, de início foi determinada para montar uma entidade combinada no valor de US$10,4 bilhões refletindo um valor empresarial implícito para a eToro de US$ 9,6 bilhões.

Segundo a presidente da FinTech Acquisition Corp, Betsy Cohen “a transação se tornou impraticável devido a circunstâncias fora do controle das duas partes”.

Já que esta decisão foi tomada em comum acordo pelas duas empresas, nenhuma delas terá que pagar a taxa de rescisão. 

Mesmo que os acordos de SPAC tenham sido uma forma popular para as empresas de criptomoedas entrarem nos mercados de ações públicas nos últimos anos, sua atração desaqueceu durante a desaceleração do setor cripto.

Um exemplo é o grupo de mídia Forbes, que tinha a intenção de abrir capital por meio  de um acordo SPAC de US$ 630 milhões com a Magnum Opus Acquisition, que possui sede em Hong Kong, no entanto isso foi deixado de lado no final de maio.

“Embora esse possa não ser o resultado que esperávamos quando iniciamos esse processo, os negócios subjacentes da eToro permanecem saudáveis, e nosso balanço é forte e continuará a equilibrar o crescimento futuro com a lucratividade”, explicou o CEO da plataforma, Yoni Assia, no comunicado.

O diretor administrativo da empresa de fusões e aquisições Architect Partners, Peter Stoneberg, explicou ao CoinDesk que: “As SPACs em geral têm sido muito voláteis e estão em trajetória descendente”.

Uma criptomoeda ou cibermoeda é um meio de troca, podendo ser centralizado ou descentralizado que se utiliza da tecnologia de blockchain e da criptografia para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.