Zagueiro do São Paulo pode ter bens penhorados por conta de dívida

O zagueiro do São Paulo Arboleda virou assunto nos últimos dias devido à grave lesão sofrida por ele na partida contra o Palmeiras, pela Copa do Brasil, que pode inclusive tirá-lo da Copa do Mundo em novembro. Mas o equatoriano volta agora às manchetes por outro motivo. Arboleda foi condenado a pagar R$ 386,94 mil para a Kirin Soccer, uma das empresas que o assessoram, e pode ter bens penhorados para o pagamento da dívida.

Ele teria contratado um empréstimo com a Kirin em 8 de março de 2020, mas não teria pago até hoje. Com valor original de R$ 200 mil e parcelamento de oito vezes, a dívida chegou ao montante atual após acréscimo de juros e correção monetária.

O processo foi aberto pela Kirin em 12 de janeiro, mas a defesa de Arboleda nunca se manifestou nos autos e os oficiais de Justiça não encontraram o jogador quando tentaram fazer contato com ele no endereço informado pela denunciante.

O juiz Julio Cesar Silva de Mendonça Franco, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, emitiu sua decisão na última quarta-feira (22) e deu um prazo de 3 dias para Arboleda pagar a dívida. Mas como o valor não foi depositado dentro do prazo, a Justiça pode agora penhorar bens do zagueiro.

A assessoria de imprensa do equatoriano informou ao UOL que seus advogados estão tentando conseguir um acordo amigável com a Kirin Soccer.

Mais dívidas

Não é a primeira vez que Arboleda é acionado na Justiça por causa de dívidas com empresários. Anteriormente, o agente espanhol Marc Salicru Massegu processou o jogador por ele não ter pago um empréstimo de US$ 150 mil (R$ 638 mil à época do processo), contraído em 2016.

A juíza Luciane Cristina Silva Tavares decidiu, em janeiro de 2020, extinguir o processo, por considerar que ambas as partes haviam escolhido uma corte no México como a única responsável por quaisquer questões entre eles.

Arboleda parece ter um problema sério com empresários, que vai além das dívidas contraídas com eles (e não pagas). A sua renovação de contrato com o São Paulo, em dezembro do ano passado, quase foi cancelada depois que a Kirin Soccer e a Euro Futs reclamaram, cada uma, serem as únicas representantes legais do zagueiro no Brasil. A renovação, no entanto, foi feita por meio do empresário equatoriano José Chamorro.

Amaury Nogueira
Nascido em Manga, norte de Minas Gerais, mora em Belo Horizonte há quase 10 anos. É graduando em Letras - Bacharelado em Edição, pela UFMG. Trabalha há três anos como redator e possui experiência com SEO, revisão e edição de texto. Nas horas vagas, escreve, desenha e pratica outras artes.