Este novo investimento dá acesso ao mercado de debêntures a partir de R$ 10

Nesta terça-feira (28), a bolsa de valores brasileira, a B3, começou a negociar seu primeiro fundo de índices, também conhecido como ETF (Exchange Traded Funds), de crédito privado de empresas brasileiras. O ETF Debêntures DI foi lançado pelo BTG Pactual em parceria com a Teva Indices.

Este novo investimento dá acesso ao mercado de debêntures a partir de R$ 10
Este novo investimento dá acesso ao mercado de debêntures a partir de R$ 10 (Imagem: Montagem/FDR)

As cotas do ETF Debêntures DI são negociadas pelo ticker DEBB11. As negociações desse investimento passaram a ser realizadas com valor inicial de R$ 10 por cota. A taxa de administração é de 0,60% ao ano.

A carteira alvo do investimento é composta por mais de 80 debêntures indexadas ao CDI (indexador próximo ao valor da taxa Selic).

O fundo gerido pela BTG Pactual possibilita que os investidores acessem, por meio de um único papel, uma diversificada carteira de títulos corporativos de empresas abertas — que já tenham liquidez no mercado.

Esse lançamento aumenta o portfólio de ETFs de Renda Fixa disponíveis na bolsa de valores brasileira. Ao todo, existem 8 ativos desse tipo na B3.

Até o momento, 6 ETFs tinham exposição a Títulos Públicos e 1 ETF a Contratos Futuros de DI. Agora, a bolsa brasileira passa a ter exposição a Títulos Corporativos, de forma a elevar a diversificação.

Os ETFs são fundos de investimento que possuem seu desempenho atrelado a um índice de referência. Este, por sua vez, traz na carteira variados ativos. Ao comprar um fundo de índice, o investidor tem como capturar, em seu portfólio, a performance de todos os ativos que fazem parte da carteira do fundo.

Formação do índice do ETF de debêntures

Para integrar o índice, as debêntures devem ter emissão igual ou acima de R$ 300 milhões, volume de negociação mensal de pelo menos R$ 10 milhões e que possuam pelo menos 40% de presença em dias de negociação.

Uma vez que são adicionados, os ativos permanecem pelo menos um ano na composição do índice. Isso salvo em casos de eventos de crédito.

Hoje, a carteira do índice é composta por 90 ativos de 61 emissores. Uma vez por mês, ela é rebalanceada para seguir as alterações de mercado.

Além de possibilitar a diversificação da exposição do portfólio de modo simplificado, o DEBB11 possui outra vantagem, que é a tributação diferenciada.

Como o prazo do ETF é acima de 720 dias, a alíquota de Imposto de Renda é de 15% — independentemente do prazo de permanência no ativo, a mesma das ações.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.