Executivos da operadora Oi afirmaram através de uma teleconferência para falar dos resultados do primeiro trimestre de 2022, que aguardam que a conclusão da recuperação judicial aconteça em poucas semanas. O fim do processo depende da sentença do juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
Depois que a Recuperação Judicial for concluída, a operadora disse que planeja voltar as atenções para seus novos negócios, conseguindo se libertar judicialmente de amarras determinadas pela Justiça, e que também irá trabalhar o reposicionamento da nova marca.
“Em relação aos pagamentos bancários, estamos trabalhando em nossa liquidez para alcançar o caixa mínimo que nós precisamos ter até dezembro. Precisamos de alguns meses para finalizar as discussões em relação a venda da Oi Móvel e da InfraCo, para ver se haverá algum ajuste de preço que reduza nossa liquidez”, disse ao InfoMoney Cristiane Barretto Sales, CFO da operadora.
O diretor de Estratégia e Experiência do Cliente, Rogério Takayanagi, afirmou que a partir da finalização do processo de recuperação judicial, a empresa deverá focar em investimentos no novo core business.
O executivo disse ainda que a Oi “surfará” caso consiga “largar os sistemas de concessão para passar para um sistema de autorização”, com desconto em sua margem Ebitda e também olhando para o seu capex (valor em dinheiro gasto na compra de bens de capital) para o serviço de fibra.
Lucro
A Oi obteve um lucro líquido de R$1,782 bilhão no primeiro trimestre do ano, conseguindo recuperar o prejuízo de R$3,088 bilhões contabilizado no mesmo período do ano passado, comunicou a empresa ontem, 29.
Este lucro foi atribuído ao resultado financeiro líquido positivo de R$ 1,87 bilhão e uma despesa de Imposto de Renda e contribuição social no valor de R$ 363 milhões.
A receita líquida operacional no primeiro trimestre do ano, por sua vez, foi de R$ 4,41 bilhões, ficando praticamente em linha com os R$ 4,45 bilhões de 2021.
Mercado recebe os bons resultados da Oi
Na visão do analista da Nord Research, Fabiano Vaz, a OI já estava obtendo números positivos pelo prisma operacional nos últimos trimestres.
“Se a gente olhar para o que vai ser essa nova companhia, o que essa nova Oi está se propondo a ser em relação a fibra para o varejo e pessoa jurídica, vemos uma expansão bem interessante. Eles conseguem crescer a fibra mais do que a queda das operações continuadas, telefonia fixa e banda larga por cobre”, disse ele ao InfoMoney.