Os consumidores paulistas já podem preparar o bolso, pois as contas de luz passarão por um reajuste na margem de 18,3%. O aumento foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (28).
Pela determinação, a Enel São Paulo, concessionária de energia elétrica do Estado, deverá aplicar o reajuste nas contas de luz a partir do dia 4 de julho, próxima segunda-feira. O aumento é preocupante e afeta todos os públicos.
O impacto médio nas despesas dos consumidores paulistas será de 12,04%. Dentro deste grupo, o percentual de aumento será distribuído em 18,3% para o consumidor de alta tensão e de 10,15% para o de baixa tensão.
O consumidor de alta tensão, do grupo A como são tecnicamente chamados, são aqueles atendidos por uma tensão elétrica igual ou superior a 230 kV. É o caso de grandes indústrias que requerem uma quantidade extrema de fornecimento de energia elétrica para suprir os equipamentos.
Já o consumidor de baixa tensão, pertencente ao grupo B, são caracterizados por unidades cujo atendimento é inferior a 2,3 kV, já considerando a tarifa monômia, que se aplica ao consumo. Este grupo é dividido em quatro outros subgrupos, são eles:
- O consumidor do tipo B1 – o residencial;
- O consumidor do tipo B2 – o rural;
- O consumidor do tipo B3 – os estabelecimentos comerciais ou industriais de pequeno porte;
- O consumidor do tipo B4 – a iluminação pública.
De toda forma, cada um deles deverá arcar com o aumento de quase 20% nas contas de luz. Destacando que o reajuste anual da tarifa é estabelecido pela agência reguladora com base no contrato firmado junto à concessionária.
Reflexo destas normas é o reajuste também nas bandeiras tarifárias em 63,7% pela Aneel. Isso quer dizer que a tarifa de energia elétrica voltará a ter uma cobrança extra entre o período de julho de 2022 a junho de 2023.
Lembrando que desde abril houve uma folga nas contas de luz assim que o Governo Federal junto à agência reguladora cessaram a vigência da bandeira de escassez hídrica, implementada em meados de agosto de 2021.
O motivo da criação de uma nova bandeira tarifária foi o decreto de escassez hídrica pelos níveis de água extremamente baixos nas usinas em decorrência da seca e da falta de chuvas.
Sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras foi criado em 2015, com o objetivo de manter o consumidor brasileiro ciente sobre o consumo de energia elétrica, bem como sobre a situação por todo o país. Cada uma das cores: verde, amarela e vermelha, indicam a gravidade e respectiva cobrança extra no valor final sinalizado ao consumidor.
Agora, o patamar crítico foi atribuído à bandeira de emergência hídrica. Veja os percentuais cobrados na prática:
- Bandeira verde: não há cobrança extra;
- Bandeira amarela: sofre acréscimo de R$ 1,874;
- Bandeira vermelha patamar 1: R$ 3,971;
- Bandeira vermelha patamar 2: R$ 9,492;
- Bandeira de emergência hídrica: R$ 14,20.