Quase metade dos lares de famílias das classes C e D não possuem acesso à internet

De acordo com a pesquisa TIC Domicílios 2021, 18% dos lares brasileiros ainda não possuem conexão com a internet. A pesquisa foi divulgada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) nesta terça, 21.

No último ano, 82% das casas do país tinham acesso à internet, percentual que cresceu de forma significativa em comparação com 2019, quando o patamar estava em 71%. Mesmo com este crescimento, a desigualdade ainda é alta em todo o Brasil.

O acesso a rede entre as famílias da classe A é de 100%. Já na classe B, o percentual cai para 98%, na Classe C, 89%. Por fim, nas classes D e E, somente 61% das casas tem conexão com a internet. A diferença vem caindo no decorrer dos últimos seis anos, mesmo que ainda seja elevada.

Dispositivos de acesso à internet 

A pesquisa também mostrou que a desigualdade se faz presente ainda no aparelho usado para entrar na rede. No país, 64% dos usuários de internet tem acesso a rede somente  através do celular, percentual que aumenta muito nas camadas mais pobres da população.

O acesso à rede apenas através do celular é a realidade de 89% das classes D e E. Já na classe C, este número cai para 67%. Nas classes mais altas, 33% dos usuários da classe B só entram na internet através do celular e na classe A, 32%.

De acordo com a pesquisa, entre os mais ricos, existe uma maior variedade maior de dispositivos que se conectam à internet, como computador, tablet ou TV, ao passo que os usuários das classes C, D e E, em sua grande maioria, não tem outros dispositivos de acesso. 

De maneira geral, a quantidade de pessoas que acessam à internet através do computador está caindo: em 2019, eram 42% dos usuários; atualmente, são 36%. Paralelo a isso, o acesso através da televisão cresceu de 37% para 50% no mesmo período.

Faixa etária

Considerando a faixa etária, a mais conectada é entre pessoas com idade entre  16 e 24 anos, onde 94% disseram ter utilizado a internet. Logo depois, estão as faixas de 25 a 34 anos (91%); 10 a 15 anos (90%); 35 a 44 anos (89%); 45 a 59 anos (78%) e 60 anos ou mais (48%).

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.