Nesta segunda-feira (13), O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, registrou forte queda. No fechamento, o indicador recuou 2,73%, a 102.598 pontos. Durante o pregão, o índice da B3, chegou a apresentar desvalorização de 3,50%.
Na última sexta-feira (10), o índice da bolsa de valores tinha encerrado em queda de 1,51%, a 105.481. Diante do resultado recente, o Ibovespa já acumula sete quedas consecutivas.
No acumulado de junho, o principal indicador da B3 registra baixa de 7,86%. Além disso, o Ibovespa volta a operar no negativo no acumulado deste ano, em queda de 2,12%.
De todas as 92 ações que integram o Ibovespa, somente quatro operaram em alta. Foram estas: Cielo (1,32%), Suzano (0,70%), Energias BR (0,64%) e Taesa (0,30%).
Desde o começo do pregão, houve uma forte correção nos papéis de empresas aéreas (Gol recuou 14,46%, e a Azul caiu 10,92%), e viagens (CVC desvalorizou 11,72%). As quedas aconteceram em resposta à alta do dólar em relação ao real.
O que vem impactando a bolsa de valores
No encerramento do pregão, o Ibovespa acompanhou a queda em Nova York. Tanto Nasdaq quanto S&P 500 chegaram a apresentar quedas no patamar de 4%.
A semana tem sido de pressão e temor do mercado com as decisões sobre os juros nos Estados Unidos e no Brasil.
Após a divulgação dos números da inflação nos EUA acima do previsto, o mercado passa a demonstrar preocupação de aumentos mais agressivos no país norte-americano.
Nesta quarta-feira (15), o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), comunicará a nova taxa de juros no país. Os analistas estimam um reajuste de 0,5 ponto percentual. Apesar disso, em meio à forte inflação, há o temor de existir um reajuste de 0,75 ponto percentual.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também anunciará a nova taxa Selic nesta quarta-feira. O mercado estima um aumento de 0,5 ponto percentual. Deste modo, a taxa básica de juros chegaria ao nível de 13,25% ao ano.
Com os juros maiores, as aplicações em renda fixa tendem a se tornar mais atrativos — como os ativos do Tesouro americano. Com isso, os investidores possuem a tendência de fugir da renda variável.