Universidades públicas federais estão cortando vagas em vestibular por falta de servidores. Só em número de professores as instituições têm um déficit de 11 mil funcionários, o que prejudica o ingresso.
A crise na educação superior parece estar longe de ter fim no Brasil, recentemente o Estadão noticiou que as instituições federais têm um déficit de 11 mil docentes.
Isso gera uma espécie de “malabarismo” para atender aos alunos.
Menos vagas no vestibular da federais
Esse déficit tem gerado outro grande problema, a redução do número de vagas nos vestibulares.
Infelizmente, fazendo com que menos estudantes tenham acesso ao ensino superior.
O curso de mais sofre com isso é o de medicina, pois, conforme os universitários avançam em sua formação, mais professores são necessários para atendê-los, com isso, a alternativa foi reduzir o número de vagas oferecidas.
Só na Federal do Oeste da Bahia (Ufob), os cursos de medicina e direito tiveram redução das vagas pela metade, no Sisu de 2021 e 2022 o número de vagas saltou de 80 para 40 em cada curso.
Na Universidade Federal do Sul da Bahia a situação é ainda pior, por lei foram criados 617 cargos, mas há um déficit de 312 profissionais.
Em Goiás, a Federal de Catalão (UFCAT) também há uma carência por profissionais, para tentar atender aos estudantes a instituição recorreu aos voluntários e analisa as medidas que devem ser tomadas futuramente.
“Vamos reduzir a entrada”, diz. A UFCAT abre 50 vagas de Medicina por ano. “A ideia é ter proporcionalmente o número de alunos no curso equivalente ao de professores, nem que isso incorra em ficarmos um ano sem ofertar vagas”, comenta a reitora pro tempore, Roselma Lucchese.
Essa situação é reflexo da crise econômica que o país enfrenta, vale lembrar que há alguns dias o MEC anunciou um novo corte de verbas das universidades federais.
Para saber mais sobre vagas de emprego, vestibulares e cursos, acompanhe a editoria de Carreiras do FDR.