Governo Federal lança campanha incentivando a adoção de crianças e adolescentes com deficiência

Governo Federal incentiva a adoção de crianças e adolescentes com deficiência. A campanha ‘Escolher Adotar é Escolher Amar’ é uma iniciativa do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).

A campanha foi lançada no dia 25 de maio em alusão ao  Dia Nacional da Adoção, comemorado na data. A iniciativa visou encorajar famílias a adotarem crianças e adolescentes com enfermidade ou deficiência.

 Adoção no Brasil e dados do país

Segundo dados do ministério, no ano de 2020 cerca de 5.040 crianças e adolescentes esperavam por adoção no país. Hoje, cerca de 34 mil estão abrigados em casas de acolhimento e instituições públicas.

Através de nota, a ministra Cristiane Britto reforçou a ideia da campanha de que a adoção é um assunto da sociedade e do Estado. A ministra explicou que ambos devem tornar possível que crianças e adolescentes tenham uma família. 

Cristiane completou afirmando que adotar é um ato de entrega e generosidade no qual se oferece proteção e possibilidade de um ambiente acolhedor para a criança ou adolescente.

De acordo com o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária, reúne marcos legais e conceituais e as diretrizes do Estado para garantir o direito à convivência familiar e comunitária. É importante ressaltar que pessoas solteiras, viúvas ou que vivem em união estável também estão aptas a adotar.

Maurício Cunha, Secretário Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente explicou um pouco sobre os processos de acolhimento e adoção.

“Quando isso não é possível, excepcionalmente, [a criança] poderá ser colocada em família substituta, de modo a assegurar a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. Após a avaliação do melhor interesse da criança ou adolescente, poderão ser ofertados os serviços de famílias acolhedoras, acolhimento institucional ou adoção”, explicou Cunha.

Crianças e adolescentes deixam de ser adotados por possuir algum tipo de deficiência

De acordo com o  Sistema Nacional de Adoção (SNA), em 2021 foram registradas mais de 3,7 mil adoções concluídas. Apesar da informação representar um aumento importante, outros números chamam atenção para algo triste.

Mais de 4 mil acolhidos aguardam para ser adotados, sendo que cerca de 2,2 mil não conseguem encontrar interessados por possuírem problemas de saúde (21,4%); por apresentarem algum tipo de deficiência (24,2%); ou por terem mais de 10 anos de idade (85%).

Diante dos números alarmantes, o incentivo à adoção de crianças e adolescentes com enfermidade ou deficiência foi tema de campanha para o MMFDH na última semana na expectativa de trazer visibilidade ao tema e promover o direito desses terem um lar.

Hannah Aragão
Graduanda em jornalismo pela Universidade Federal de Pernambuco, a UFPE. Atuei em diferentes áreas da comunicação, como endo marketing, comunicação estratégica e jornalismo impresso. Atualmente me dedico ao jornalismo online na produção de matérias para o FDR.