Cesta básica tem novo reajuste se igualando ao salário mínimo; veja o que mudou

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Procon-SP e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese) em abril deste ano, a cesta básica no estado chegou a R$ 1.209,71. Isto significa que para adquirir itens básicos de alimentação o paulista compromete quase que todo o seu salário mínimo.

Em janeiro de 2022 o governo federal aprovou o reajuste no salário mínimo federal, este que passou para R$ 1.212. Aumento de R$ 112, comparado ao piso de R$ 1.100 pago em 2021.

No entanto, o acréscimo parece não ter feito tanta diferença assim no bolso do brasileiro. É o caso dos paulistas, já que a pesquisa realizada pelo Procon de São Paulo e o Dieese chegou a conclusão que para comprar itens básicos da alimentação com o salário mínimo o cidadão tem o R$ 2,29 livre na carteira.

Considerando a pesquisa feita pelo Procon, esta é a primeira vez desde 2016 que o salário mínimo daria apenas para comprar itens de alimentação. São analisados 39 produtos nos supermercados do estado.

Estamos vendo um aumento persistente dos produtos da cesta básica, não estamos vendo arrefecimento dessa crise. Não há perspectiva de fim da guerra da Ucrânia e ainda tem a escalada do preço do diesel e do petróleo“, comenta Marcus Vinicius Pujol, diretor de Estudos e Pesquisas do Procon-SP.

Cesta básica em outros estados

Mas não são apenas os moradores do estado de São Paulo que sofrem com o reajuste no setor de alimentação. Devido a alta da inflação, todos os brasileiros têm percebido que os valores nos supermercados estão mais altos.

Na cidade de Recife, em Pernambuco, a cesta passou de R$ 630,66 no mês de abril, para 641,54 no mês de maio. O que compromete 52,93% do salário mínimo do trabalhador.

Em contra partida, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), vinculada à UFMG, fez a mesma pesquisa de preços em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.

Para os mineiros houve redução de 4,95% no valor dos produtos da cesta básica entre os meses de maio e abril deste ano. O preço do tomate, por exemplo, caiu em 27,4%.

Além dos alimentos para montar uma boa refeição, o gás de cozinha é um dos principais – senão o principal – responsável por esse sucesso. Por isso, um projeto do senador Rogério Carvalho (PT-SE) quer incluir o gás de cozinha como item da cesta básica para pessoas de baixa renda. 

A ideia do senador é incluir o refil do botijão de gás de cozinha na cesta. Considerando que o valor médio do produto é de R$ 160 no Brasil, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]