Sem acordo com sindicato, empresa anuncia demissões em massa através de telegrama. Mais de 400 funcionários perderam o emprego em montadora da Caoa Chery de Jacareí em SP.
A montadora Caoa Chery anunciou no começo desse mês de maio que faria uma reestruturação para a produção de carros elétricos e híbridos, para isso teria que fechar a unidade de Jacareí até 2025.
Demissões via telegrama na Caoa Chery
Acontece que a empresa decidiu antecipar as demissões e, o pior, isso aconteceu através de telegramas enviados aos funcionários e antes que chegar a um acordo sobre as indenizações e dos adicionais às verbas rescisórias legais.
Essas compensações serão pagas aos trabalhadores por conta do fechamento da fábrica, que era responsável pela montagem de utilitários esportivos e sedãs.
Segundo a Caoa Chery, não foi possível aceitar a proposta feita pelo sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos e Região de fazer um layoff*, com a suspensão dos contratos por cinco meses e dar estabilidade de emprego por mais três meses.
Isso porque a empresa não pretende retornar as suas atividades após o encerramento desse período de suspensão.
Em comunicado, a montadora confirmou na quarta-feira, 25, o envio dos telegramas de demissão e assegurou que vai cumprir todos os direitos trabalhistas, incluindo o depósito das verbas rescisórias legais. Também disse que segue aberta às negociações com a direção sindical.
O sindicato afirma que cerca de 480 trabalhadores foram demitidos e acusa a direção da montadora de quebrar um compromisso de abertura de layoff.
Ao todo a unidade de Jacareí tem 627 funcionários, no entanto, os trabalhadores das áreas administrativas serão mantidos.
Por outro lado, a empresa afirma que os representantes dos trabalhadores tiveram postura inflexível e que, inclusive, a fábrica foi danificada ontem, durante protesto de aproximadamente 200 trabalhadores contra o seu fechamento.
*Suspensão temporária do contrato.
Para saber mais sobre vagas de emprego, vestibulares e cursos, acompanhe a editoria de Carreiras do FDR.