No primeiro trimestre deste ano, a mineradora Vale integrou a lista das dez maiores pagadoras de dividendos do mundo, de acordo com relatório do Índice Global de Dividendos da gestora britânica Janus Henderson. O relatório avalia as 1,2 mil maiores companhias do mundo por capitalização de mercado.
No ranking mundial, a Vale ficou na 9ª colocação entre as maiores pagadoras de dividendos no primeiro trimestre. Os acionistas da mineradora receberam US$ 3,6 bilhões no período.
Essa quantia recebida pelos investidores ficou abaixo do captado no mesmo período do ano passado, de US$ 4 bilhões. De qualquer forma, a mineradora ficou acima de grandes empresas pagadoras de proventos, como PepsiCo e JPMorgan.
A pesquisa também revelou que os dividendos brasileiros aumentaram 7,4% em comparação ao mesmo trimestre de 2021. Ao todo, os dividendos no país somaram US$ 5,2 bilhões nos três primeiros meses de 2022.
Essa tendência altista foi decorrente dos pagamentos realizados pela Ambev — que distribuiu US$ 1,2 bilhão entre janeiro e março deste ano.
Ao considerar os países emergentes, as companhias brasileiras listadas na bolsa de valores tiveram papel importante. Estas nações registraram aumento de 45% no pagamento de dividendos na base anual.
Maiores pagadoras de dividendos do mundo
Entre janeiro e março, estas foram as empresas com maiores pagamentos de dividendos do mundo:
- BHP
- Novartis
- A.P. Moller
- Roche Holding
- Microsoft
- Siemens
- Exxon Mobil
- AT&T
- Vale
- Apple
Segundo a gerente da carteira de clientes da Janus Henderson. Jane Shoemake, os dividendos mundiais tiveram uma boa performance no início deste ano. Os números ficaram acima do esperado.
Shoemake afirma que os grandes responsáveis pelo resultado foram as empresas que atuam com petróleo e minério de ferro. Ao todo, as companhias espalhadas pelo mundo distribuíram US$ 302,5 bilhões em dividendos.
Estes foram os setores que se destacaram no primeiro trimestre deste ano:
- Financeiro: US$ 48 bilhões
- Cuidados com a saúde e farmácias: US$ 43,4 bilhões
- Matérias-primas: US$ 30,7 bilhões
- Indústrias: US$ 29,7 bilhões
- Tecnologia: US$ 28 bilhões
- Petróleo, gás e energia: US$ 26,5 bilhões
- Consumidor básico: US$ 24,6 bilhões
- Serviços de utilidade pública: US$ 14,7 bilhões
- Comunicação e mídia: US$ 12,6 bilhões
- Consumo discricionário: US$ 10,1 bilhões