Nubank voltará a ser ignorado’; entenda fala do presidente do banco digital

Após a queda recente das ações na bolsa de valores, o fundador do Nubank, David Vélez, afirmou que “agora a gente volta a ser ignorado”. A declaração foi realizada durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Após ser questionado sobre a nova desvalorização das ações do banco digital, David Vélez afirmou que a fintech segue focada “na construção e na mesma estratégia”. “Daqui a cinco anos, a gente fala”, complementa.

O executivo destaca que, na América Latina, o valor de mercado bancário é de US$ 1 trilhão. Na região, existem 250 milhões de pessoas sem contas bancárias. Ainda segundo Vélez, o modelo digital é muito mais rentável do que as instituições tradicionais. Isso porque não há agências, por exemplo.

Com relação ao valor de mercado do banco digital, que, de acordo com os mais céticos, parecia uma “exuberância irracional”, Vélez afirmou que “isso é ótimo, porque ser ignorado é o melhor que pode acontecer”.

Segundo o executivo, por muito tempo, a fintech foi ignorada pelos grandes bancos. “Ninguém olhava a gente por três ou quatro anos”, declara.

Em seguida, Vélez citou uma frase atribuída a Gandhi: primeiro te ignoram; depois riem de você; depois brigam com você; e depois você ganha.

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A queda das ações do Nubank

Nesta terça-feira (24), as ações do Nubank registraram forte queda, renovando as mínimas históricas. Os ativos fecharam em baixa de 10,96%, a US$ 3,33. O menor preço de encerramento tinha sido de US$ 3,69, no último dia 11. Com a cotação recente, a fintech atingiu US$ 11,5 bilhões em valor de mercado.

Desde o IPO do Nubank, que aconteceu em 8 de dezembro, os papéis do Nubank já desvalorizaram 63%. Na ocasião, os ativos tinham sido precificados a US$ 9. Diante das quedas recentes. Grande parcela dos analistas de mercado vem demonstrando preocupação sobre os ativos da fintech.

Ao ser indagado sobre quando prevê que pode retomar o valor registrado no IPO, o executivo afirmou ser impossível saber. Apesar disso, ele declarou que “ainda somos formiguinha, e nossa estratégia é de longo prazo.

Vélez ainda alegou que a fintech está focada no Brasil, México e Colômbia, e atingindo quase 60 milhões de clientes — especialmente no Brasil. “Falta crescer ainda com essa base”, prossegue.

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Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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