Nesta segunda-feira (23), a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) multou o Boca Juniors em US$ 30 mil (aproximadamente R$ 144 mil, na cotação atual) por um ato racista de um torcedor do clube em partida contra o Corinthians.
Em 26 de abril, no estádio Neo Química Arena, em São Paulo, um torcedor do Boca Juniors imitou um macaco em direção à torcida corinthiana. O ato aconteceu em partida pela Copa Libertadores, que terminou com a vitória do Corinthians, por 2 a 0.
Após o ato racista, o homem foi conduzido para o Departamento de Operações Estratégicas da Polícia Civil. Ele foi indiciado por injúria racial. Um dia depois do pagamento de fiança, o torcedor do Boca Juniors foi liberado, e responderá em liberdade.
De acordo com a Conmebol, a quantia da multa será debitada dos direitos televisivos e de patrocinadores — que, futuramente, seriam pagos. A Confederação ainda comunicou que haverá a aplicação do código de reincidência à equipe argentina, se acontecer uma infração da mesma natureza.
Novo caso de racismo envolvendo torcida do Boca Juniors
Algumas semanas depois desse ocorrido, um novo caso de racismo foi registrado por torcedor do Boca Juniors contra os corinthianos. Contudo, dessa vez, o ato ocorreu na Argentina, no estádio La Bombonera.
Em 17 de maio, um outro torcedor foi registrado realizando os mesmos gestos de macaco à torcida do Corinthians.
Devido aos casos de racismo, na última sexta-feira (20), o clube brasileiro enviou um ofício à Conmebol, solicitando punição ao Boca Juniors. Cabe destacar que a multa anunciada nesta semana se refere ao primeiro jogo entre os dois.
Conmebol anunciou punições mais severas contra racismo
Após repetidos gestos de racismo na Copa Libertadores, a Confederação comunicou punições mais severas aos clubes cujos torcedores realizarem esses atos.
Agora, o Código Disciplinar da Conmebol prevê multa mínima de US$ 100 mil (aproximadamente R$ 480 mil) para essas infrações.
O Código também prevê a possibilidade de que os times de futebol punidos tenham que jogar com os portões fechados por um ou mais jogos — ou com parte das arquibancadas fechadas. Na versão anterior do Código, essa punição não integrava.