Muito trabalho, pouco dinheiro: 90% das profissões têm salários ‘apanhando’ da inflação

Inflação resultou em redução do poder de compra dos brasileiros. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor pelo menos 90% das profissões foram afetadas; entenda.

Não é de hoje que centenas de brasileiros reclamam por não conseguir comprar mais na mesma quantidade e os mesmos produtos que antes, acontece que isso está totalmente relacionado poder de compra.

Que, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), reduziu para 90% das profissões no comparativo entre março de 2021 e de 2022.

Inflação X Poder de compra

Esse dado foi levantado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), e obtido com exclusividade pela CNN; nele foram analisadas 140 profissões que mais têm representatividade dentro do Brasil.

Esse grupo de profissões representa 72% da população no mercado de trabalho.

Entre as profissões que encabeçam a lista como as que mais perderam poder de compra estão os faxineiros (16%) e motoristas de ônibus (3,9%).

“A inflação gera um processo corrosivo nos nossos salários. Não podemos avaliar somente o quanto os vencimentos cresceram, mas quanto eles subiram considerando a inflação. Para você ter um aumento real de renda, o salário precisa romper a barreira da inflação. Na prática, atualmente, podemos dizer que somente uma em cada dez profissões no Brasil consegue vencer a inflação”, disse o coordenador do estudo, o economista Fábio Bentes.

Por outro lado, as profissões que mais se destacaram durante a pandemia, médicos e profissionais da tecnologia, tiveram reajustes salariais acima da inflação.

A remuneração mensal dos profissionais da área da saúde aumentou em 16%; enquanto os salários dos profissionais de Sistemas de Informação subiram aproximadamente 4%.

Já médico clínico, com aumento de 16,1% acima da inflação, lidera as profissões com melhor resultado.

Logo atrás na lista está o controlador de entrada e saída de suprimentos e máquinas com um aumento de 12,5% na remuneração mensal; seguido dos estoquistas com 9,4% a mais; professor de nível superior na educação infantil recebendo mais 6,1%; programador de sistemas de informação +4,3% e operador de máquinas na produção agrícola com aumento de 0,1% na remuneração mensal.

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Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.