Dia das Mães 2022 foi o mais caro dos últimos 20 anos; entenda

Uma pesquisa, baseada em 31 produtos e serviços do Índice de Preços ao Consumidor – Mercado (IPC-M), indicou que os presentes e serviços mais buscados para o Dia das Mães registraram, nos últimos 12 meses, a maior alta para essa cesta nos últimos 20 anos.

Dia das Mães 2022 foi o mais caro dos últimos 20 anos; entenda
Dia das Mães 2022 foi o mais caro dos últimos 20 anos; entenda (Imagem: Montagem/FDR)

O levantamento, realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), aponta que, nos últimos 12 meses, houve um aumento de 9% nos presentes e serviços mais procurados para o Dia das Mães. A elevação ficou pouco abaixo da inflação acumulada no período, de 10,37%.

Segundo a pesquisa, os serviços lideraram a inflação, com aumento de 13,79%. As passagens aéreas puxaram esta cesta, com elevação de 72,83% nos preços. Ainda sobre os serviços, houve alta significativa em restaurantes (8,13%) e hotéis (5,72%).

As melhores opções de programa para o Dia das Mães

De acordo com o pesquisador e economista do Ibre, Matheus Peçanha, as atrações culturais continuam sendo as melhores alternativas para um bom programa com as mães — assim como foi no ano passado.

Isso porque oferecem preços próximos da estabilidade. Entre as atrações culturais, estão os shows (0,12%), cinemas (1,33%) e teatros (1,42%).

Na visão de Peçanha, a retomada pós-pandemia de coronavírus tem importante nessa dinâmica. Ele explica que o setor de turismo registrou um aumento na demanda — que estava reprimira desde a pandemia.

Já com relação aos restaurantes, ainda existe o agravante do custo dos alimentos. A Inflação recente tem sido potencializada por estes itens, segundo informado pelo economista.

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Variação nos valores dos presentes de Dia das Mães

Sobre os presentes mais oferecidos às mães nessa data especial, Peçanha informou que a cesta de 22 bens duráveis e semiduráveis registrou aumento médio de 4,25%.

De modo especial, os grandes reajustes foram vistos nos eletrodomésticos e no setor têxtil: cama, mesa e banho (11,04%), geladeira e freezer (8,73%) e máquina de lavar (7,5%).

Na outra ponta, as menores altas foram observadas em itens como perfume (0,15%), computadores e periféricos (0,34%), celulares (0,65%) e artigos de maquiagem (0,92%).

Com relação aos presentes, o economista alega que a questão parece ser a inércia. O custo da indústria de bens duráveis passou por uma fase difícil. Houve elevações acumuladas das commodities metálicas em 2020 e 2021. Mas, após isso, a matéria-prima chegou a um nível de estabilidade.

No entanto, Peçanha informa que nem os benefícios tarifários oferecidos pelo governo parecem causar efeito para segurar a persistente (mas fraca) volatilidade nos valores ao consumidor final.

Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.
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