Uber tem aumento no prejuízo e ações caem 10%; qual o futuro da empresa?

As ações da Uber Technologies despencaram para a pior marca registrada nos últimos 12 meses, de US$25,90, na abertura do pregão da Bolsa de Nova York. A queda aconteceu após a famosa empresa de corridas por aplicativo revelar o prejuízo líquido de US$5,93 bilhões no primeiro trimestre, proveniente de investimentos em outras três empresas.

Segundo a Uber, sua participação na companhia Didi Global, na Grab Holdings que fica no sudeste da Ásia e na empresa de tecnologia autônoma Aurora Innovation são as causadoras deste prejuízo no período. A empresa afirma que a demanda por corridas voltou ao normal, após a queda provocada pela pandemia do coronavírus, no final de 2021.

De acordo com dados da Dow Jones Newswires, neste primeiro trimestre, a receita da empresa mais do que dobrou em sua base anual, para US$ 6,85 bilhões, e projeta um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado entre US$ 240 milhões e US$ 270 milhões para o trimestre atual, ultrapassando as projeções de analistas. 

As ações da empresa concorrente, Lyft, também tiveram a maior queda em 12 meses, após divulgar uma previsão de lucro ajustado inferior ao que era aguardado.

Aproximadamente 12:20 (horário de Brasília), as ações da Uber estavam operando em queda de 10,58% na bolsa de Nova York, cotadas a US$ 26,35 e despencaram mais de 50% nos últimos 12 meses.

Uber vai suspender a opção de rachar valor da corrida

No fim do último mês, a empresa comunicou que o recurso de compartilhamento do custo da viagem no app seria encerrado. O recurso permitia que duas ou mais pessoas rachassem o valor total da corrida quando compartilhavam o mesmo carro.

“Estamos trabalhando para aperfeiçoar a ferramenta que possibilita dividir os valores das viagens entre usuários e, por isso, o recurso estará temporariamente indisponível no aplicativo da Uber no próximo mês”, disse um porta-voz da companhia ao CanalTech.

O sistema deve ser descontinuado durante este mês para a chegada de um recurso mais moderno.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.