Os reflexos decorrentes da inflação dos alimentos fez com que o preço médio do prato feito aumentasse 23% nos últimos 12 meses. A economista Marcela Kawauti da Prado Assessoria utilizou como base para seu estudo os preços do arroz, feijão, salada de alface e tomate, batata frita, temperos e gás de cozinha vigentes em todo país.
O preço do popular PF não acompanhou, em nenhuma das 10 capitais pesquisadas, os 11,3% da inflação geral, auferida pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor (IPCA), no período.
A cidade com a porcentagem mais próxima do IPCA foi Belém, onde o prato feito está custando 15% a mais que há 12 meses atrás. Os consumidores de Porto Alegre, por sua vez, estão pagando três vezes mais caros para comer o prato feito.
Ranking da inflação do prato feito no Brasil, acumulada no últimos 12 meses:
- Porto alegre (RS) – 34%
- Vitória (ES) – 33%
- Belo Horizonte (MG) – 29%
- Rio de Janeiro (RJ) – 26%
- Curitiba (PR) – 25%
- São Paulo (SP) – 23%
- Recife (PE) – 23%
- Salvador (BA) – 21%
- Fortaleza (CE) – 21%
- Belém (PA) – 15%
Prato por quilo também está mais caro
Segundo um levantamento do Procon, o famoso almoço por quilo está 13% mais caro nos últimos anos. Ainda foi informado pelo órgão que o preço pode encarecer ainda mais nos próximos meses.
Os dados da pesquisa revelaram que, em janeiro de 2020 o quilo estava custando R$ 56,01, em média ao passo que em fevereiro de 2022, o preço médio subiu para R$ 63,39. Porém, quando comparamos o mês de fevereiro de 2022 com outubro do ano passado detectamos um aumento menor, de R$ 63,03 para os R$ 63,39.
Este dado mostra que grande parte do crescimento dos preços aconteceu antes do mês de outubro. Uma das razões, segundo especialistas, foi a alta do gás de cozinha, insumo indispensável no preparo da comida.
Nos últimos 12 meses, período entre março de 2021 e março de 2022, o gás de cozinha GLP passou por um aumento de 23,2%.