Investe em fundos DI? Clientes de dois grandes bancos ‘perdem’ R$ 57 milhões em menos de 1 ano

Se existe uma dica popular para aqueles investidores que estão criando uma reserva de emergência ou que não querem expor o patrimônio a grandes riscos é a de apostar na renda fixa. Estes ativos são tidos como conservadores por ofertarem um retorno previsível.

Porém, diversos fundos em renda fixa que aparentemente são seguros, na verdade são uma furada para os investidores. Ao apostar neles, uma parcela do patrimônio é pedido lentamente.

Um alerta foi dado aos investidores no relatório mais recente da série Melhores Fundos de Investimentos, sobre os perigos escondidos em fundos de renda fixa. Saiba como identificá-los.

Como funcionam os Fundos DI

Fundos DI são investimentos de renda fixa que contam com carteiras conservadoras. “No mundo ideal, são estratégias que compram apenas LFTs (Tesouro Selic) e operações compromissadas, evitando riscos de crédito como debêntures, Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) e Letras Financeiras (LFs)”, disse Bruno Mérola, analista de investimentos da Empiricus ao MoneyTimes.

Sendo assim, estes fundos procuram ofertar aos investidores uma rentabilidade similar a Selic, a taxa Básica de Juros da Economia, que atualmente está em 11,75%. Esses ativos ainda contam com liquidez diária.

Isto significa que o investidor tem o poder de resgatar o valor que investiu quando quiser. Por conta disso, eles são mais indicados para uma reserva de emergência. Nesta modalidade, os investidores contam com uma rentabilidade acima da poupança e é possível resgatar caso precise ou sempre que aparecer uma emergência.

É possível perder dinheiro com fundos DI?

Mesmo que os fundos em renda fixa pareçam ser seguros e fáceis, muitas pessoas vem perdendo dinheiro com eles. Mas como isso acontece?

Bruno Mérola fez um alerta no relatório Melhores Fundos de Investimento a respeito dos fundos DI e Simples. De acordo com ele, diversos investidores vem perdendo dinheiro por conta das altas taxa de administração cobradas pelas gestaras destes ativos.

Esses fundos de renda fixa são produtos de baixa complexidade. Sendo assim, os gestores não precisam de muito trabalho para administrá-los, uma vez que os ativos que integram as carteiras tem baixa volatilidade. Portanto, o valor cobrado para administrar esses fundos deveria ser pequeno.

Na verdade, o ideal seria que a taxa de administração não fosse cobrada, mas infelizmente não é assim que acontece. Algumas gestaras chegam a cobrar taxa de 1,95% ao ano.

Em decorrência disso, os investidores vem pagando para perder o CDI. 

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.