Vai de Pix: meio de pagamento supera pela primeira vez cartão

O PIX é um sucesso desde seu lançamento em novembro de 2020 e agora a solução de pagamentos do Banco Central atingiu um novo marco. No quarto trimestre de 2021, o número de transações via PIX superou a quantidade de movimentações com cartões de crédito ou débito no Brasil. 

Esta foi a primeira vez que o PIX liderou o ranking dos instrumentos de pagamento mais usados no país. A maior parcela de transações ainda é composta por transferências entre pessoas físicas, porém os números sinalizam uma grande adesão à modalidade.

Na visão de especialistas, o PIX deve permanecer em sua trajetória de crescimento, porém, existem fatores relacionados a segurança e tecnologia que podem limitar este aumento.

De acordo com os últimos dados revelados pelo Banco Central, as transações por meio  do PIX totalizaram 3,89 bilhões nos últimos três meses do último ano, um crescimento de 34% em comparação com trimestre anterior.

As movimentações com cartões também aumentaram, porém num ritmo mais lento. Foram 3,85 bilhões no débito, uma alta de 9%, e 3,73 bilhões no crédito, um aumento de 12%. Os cartões pré-pagos subiram 20%, para 1,92 bilhão de operações.

Os dados do Banco Central revelam que desde que o PIX foi lançado, as modalidades de transferencia de valores como o TED, TOC e intrabancárias foram as que mais perderam terreno. No último trimestre, foram 294 milhões de operações através do TED, por exemplo, uma redução de cerca de 50% em um ano.  

Pix gera boa economia para lojistas, segundo BC

De acordo com lojistas, o PIX, solução de pagamentos do Banco Central “é muito mais barato” para eles do que pagamentos usando cartões, revelou um artigo publicado pelo órgão que é tido como o banco central dos bancos centrais, reafirmando o potencial de crescimento entre empresas após a grande aceitação entre pessoas físicas.

O documento que é de coautoria de economistas do Banco Central do Brasil para o Banco de Compensações Internacionais (BIS), mostrou que o PIX tem um custo de 0,22% em média por transação para os lojistas, ao passo que os cartões de débito tem o custo aproximado de 1% e os cartões de crédito de 2,2% no Brasil.

A solução do BC também é mais competitiva do que a taxa de cartão de crédito de 1,7% nos Estados Unidos, 1,5% no Canadá e 0,3% na União Europeia, informou o artigo.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.