Há algum tempo a crise na educação brasileira vem sendo noticiada. Agora, mais um ministro deixa o MEC depois de diversas acusações; substituto interino será o secretário-executivo da pasta e servidor federal, Victor Godoy Vieira.
Mais uma vez o Ministério da Educação é foco dos holofotes, e não de uma forma positiva; pois, de novo, há denúncias de irregularidades.
No caso de Milton Ribeiro, que pediu demissão ontem, a denúncia que pesa é de suposta influência de pastores na destinação de verbas da pasta.
Esse é mais um capítulo de uma crise que é percebida há quilômetros de distância, diversos ministros fizeram uma curta passagem pelo comando do MEC.
Enquanto isso, na outra margem estava a população que precisava de ações que suprissem suas carências durante a pandemia e o ensino remoto, mas pouco encontrou por parte do Ministério.
Crise na educação brasileira
Ao todo, em três anos de governo Bolsonaro, Brasil teve quatro ministros da educação.
Pode parecer pouco, mas se pensarmos na contribuição que eles tiveram, que em alguns casos nem sequer existe, veremos que esse é um dado preocupante.
O primeiro ministro da educação do governo de Jair Bolsonaro foi Ricardo Vélez, que permaneceu no cargo três meses e uma semana; depois dele tivemos Carlos Alberto Decotelli, que nem mesmo chegou a tomar posse; então, por 14 meses, Abraham Weintraub foi o responsável pelo MEC; por final, Milton Ribeiro que deixa o cargo com quase 8 meses nele.
Para você entender melhor o que está acontecendo agora no MEC é necessário compreender o chamado balcão político no Ministério da Educação.
Ele atuaria dando prioridade aos aliados do governo Bolsonaro e de prefeituras indicadas por dois pastores na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Acontece que, há um risco muito grande de muitos projetos sequer saírem do papel, mesmo tendo verba autorizada.
Além disso, recaem sobre Ribeiro outras denúncias e ele deve ser investigado.
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