Falta de mão de obra eleva salários da área de tecnologia; salários chegam a R$ 20 mil

Que o setor de tecnologia é o que mais tem contratado nos últimos anos, todos já sabem. Acontece que, além disso, a falta de mão de obra especializada tem feito com que os salários sejam remodelados para preenchimento das vagas de emprego abertas constantemente.

Emprego: Falta de mão de obra eleva salários da área de tecnologia
Emprego: Falta de mão de obra eleva salários da área de tecnologia (Imagem: FDR)

O Brasil tem atualmente algo em torno de 13,9 milhões de desempregados nos mais variados setores da economia.

Por outro lado, a alta demanda de tecnologia tem feito com que essa área abra vagas e as empresas criem estratégias atrativas para os profissionais.

Uma delas é aumentar o salário e oferecer benefícios aos novos contratados.

Alta nos salários na área de tecnologia

Segundo dados da Brasscom, Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, até novembro do ano passado foram contratados 196,5 mil profissionais dessa área, praticamente o dobro do total de contratações em 2020 e 2019 juntos.

E, se você pensa que o mercado de trabalho tem exigido longos anos de estudos para a contratação, se engana.

De acordo com Tulio Vieira, head de Data Science do Instituto de Gestão e Tecnologia da Informação (IGTI), basta um curso de seis meses para entrar no mercado ganhando entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. Para os mais qualificados, já se pagam salários de R$ 20 mil.

Jefferson Oliveira, Desenvolvedor de sistemas na Zup, 34 anos e comentou com o Extra o aumento salarial que teve ao mudar de carreira.

Trabalhei seis anos como metalúrgico e não tinha muito tempo para família ou amigos. Em 2014, decidi fazer um tecnólogo em Tecnologia e Análise de Desenvolvimento de Sistemas. Depois da pandemia, triplicaram as oportunidades. Em seis anos, troquei de emprego cinco vezes. Hoje, ganho R$ 8 mil, o dobro do salário em relação à antiga carreira“, comenta ele.

Outro fator bastante atrativo é a possibilidade de trabalhar no Brasil, em modelo home office, e receber em dólar.

Isso porque muitas empresas internacionais buscam profissionais brasileiros, essa pode, inclusive, ser o começo de uma carreira internacional.

“O salário foi o principal fator para procurar empresas de fora. Aqui, eu trabalhava em uma ótima empresa, também em regime de home office. Mas me ofereceram o dobro do que eu ganhava, e em dólar”, comenta Janaína Coelho, que trabalha com qualidade de software na empresa norte-americana AvantStay.

Para saber mais sobre vagas de emprego, vestibulares e cursos, acompanhe a editoria de Carreiras do FDR.

Jamille Novaes
Baiana, formada em Letras Vernáculas pela UESB, pós-graduada em Gestão da Educação pela Uninassau. Apaixonada por produção textual, já trabalhou como corretora de redação, professora de língua portuguesa e literatura. Atualmente se dedica ao FDR e a sua segunda graduação.