Transporte Público: Com o aumento dos combustíveis, passagens vão ficar mais caras?

Brasileiros podem pagar mais caro nos transportes públicos. Na última semana, a Petrobras anunciou um reajuste de 25% no valor do diesel, com isso o abastecimento de veículos como ônibus e metros terá uma alta. Desse modo, a população se questiona sobre reajuste nos tickets. Confira.

Abastecer qualquer veículo tem sido um grande desafio para os brasileiros. Até mesmo quem não tem um automóvel próprio, está temendo o encarecimento da gasolina e do diesel. Aqueles que circulam em transportes públicos, estão esperando um novo reajuste no valor das passagens.

O transporte público vai encarecer?

De acordo com os dados da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), o transporte público ficará 6,6% mais caro. A medida deve ser implementada “para viabilizar a operação do sistema de transporte público coletivo no Brasil”, diz nota distribuída pela entidade.

Ainda segundo a Frente, o atual valor do diesel corresponde a 26,6% do custo do sistema, em média. Com esse novo cenário, Edvaldo Nogueira, prefeito de Aracaju, em Sergipe, e presidente da FNP, explica como funcionará a defasagem nos preços.

“O valor previsto, de R$ 5 bilhões, corresponde a pouco mais de 8% dos custos do transporte, mas é uma saída que vai aliviar a situação dramática dos sistemas de transporte neste momento, que foram especialmente afetados durante a pandemia”, avalia Nogueira, em resposta ao blog, reforçando que “o compromisso de prefeitas e prefeitos é de evitar, a todo custo, o aumento no valor das passagens com a aprovação do projeto”. 

“Se antes o PL nos serviria como um respiro para pensarmos em alternativas a médio prazo para o setor, agora é aquilo com que contamos para o Brasil não parar”, comentou.

O que diz a população?

Para quem depende do transporte público, o reajuste irá afetar diretamente nas contas do mês. Em entrevista ao G1, o ambulante João Rodrigues da Silva lamenta a situação.

“Até sem aumentar [o diesel] eles já estavam questionando isso [aumentar a passagem]. O diesel subiu, aí só sobra pro usuário, o mais humilde. Se aumentar, piora mais pra população mais humilde. Os gestores, o prefeito deixam os empresários mandarem”, reclama.

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Eduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.