Fintech oferece solução para quem quer ‘rachar as contas’; conheça

A empreendedora Ana Zucato após trabalhar em fintechs no Vale do Silício, conseguiu detectar algumas soluções financeiras que poderiam ser interessantes no dia a dia das pessoas. Uma destas soluções seria algo voltado para a gestão de finanças compartilhadas, o que seria extremamente útil no mercado nacional.

Pensando nisso, Ana criou no ano passado, a fintech Noh, um trocadilho que se refere a situação complicada de pessoas que querem facilitar compras em e-commerces, pagamento de aluguéis e demais compras feitas em conjunto. 

O que a fintech faz na prática é permitir que pessoas que possuem gastos em comum possam criar grupos e efetuar transferências para uma conta digital com os valores devidos através de boleto, cartões de crédito pré-pagos ou PIX.

Fica sob responsabilidade da Noh a realização das cobranças após a divisão pré-fixada. “Muitas vezes, uma conta não é 50/50, e ter de fazer essa divisão é exaustivo. A Noh cuida desse cálculo automático”, disse Ana ao Exame.

Este é uma ferramenta, segundo ela, pode ajudar a vida de muitos brasileiros que já tem o hábito de dividir os gastos. “Dividimos o Netflix e o aluguel da melhor casa de praia no carnaval. Agora vamos juntar pessoas para digitalizar tudo isso”, exemplificou.

Na última terça, 8, a fintech sai do papel após receber um investimento de R$ 17 milhões capitaneado pela Kindred Ventures e que contou com a participação da Positive Ventures e de investidores-anjo que incluem Biz Stone, um dos criadores da rede social Twitter, e também fundadores de unicórnios como Patrick Sigrist (iFood) e André Penha (Quinto Andar).

Ainda neste mês, a primeira versão do aplicativo será lançada. De início, somente usuários selecionados poderão usar os serviços oferecidos pela Noh. Ana projeta que neste primeiro momento, cerca de 350 grupos, que contará com 700 clientes, entrem no app. Ela acredita que o público geral tenha acesso ao aplicativo já em abril 

O sucesso da Noh já pode ser notado apenas pelos números obtidos nos primeiros meses de operação. Nos últimos seis meses, o projeto piloto do produto já transacionou cerca de 250.000 reais. “O mais importante é, na verdade, o que aprendemos com isso”, conta. “Passamos a entender os hábitos e pagamento, os valores, e isso vai nos ajudar a partir de agora” disse Ana.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.