A hora é das farmácias? Bancos e corretoras indicam ações do setor

Apesar das dificuldades macroeconômicas existentes no país, há analistas que seguem observando opções favoráveis para o setor farmacêutico na Bolsa de Valores. Especialistas preveem que este ano será positivo para o varejo de farmácias.

A hora é das farmácias? Bancos e corretoras indicam ações do setor
A hora é das farmácias? Bancos e corretoras indicam ações do setor (Imagem: Montagem/FDR)

Na avaliação de analistas do Credit Suisse e XP Investimentos, o varejo farmacêutico deve desempenhar bem neste ano. O banco ainda estima que o segmento pode se destacar entre as ações brasileiras.

O Credit Suisse observa o varejo de farmácias apoiado por uma dinâmica positiva de desenvolvimento — além de proporcionar defensividade para os portfólios de investidores.

No longo prazo, o banco avalia que a combinação de alta dos volumes de vendas e elevações controladas dos preços de medicamentos abre espaço para “crescimentos saudáveis”. De qualquer modo, no curto prazo, o prosseguimento da variante ômicron no Brasil deve segurar a performance.

Analistas da XP Investimentos também identifica vários drivers favoráveis para as farmácias futuramente. Alguns destes são a busca mais por vacinas após a pandemia, surto de H3N2, repasses de custos e o programa Auxílio Brasil.

Perspectivas sobre ações do setor de farmácias

O Credit Suisse e XP Investimentos entendem que existe espaço para as principais empresas do segmento se consolidarem. Foram destacadas a Pague Menos e Raia Drogasil.

Mesmo que essas duas companhias já tenham comunicado planos de expansão, elas não devem ser afetadas, no curto prazo com a concorrência. Isso porque, até então, elas possuem áreas de atuação diferentes.

Em cada uma das regiões que as empresas são predominantes, há potencial para se desenvolverem ainda mais. Os motivos são os seus respectivos tamanhos e o cenário de inflação persistente.

O Credit Suisse possui preferência pelas ações da Pague Menos. Isso por conta de os papéis ainda não terem precificado as melhorias operacionais recentes. Outra razão é a compra da Extrafarma.

O banco possui recomendação outperform (performance acima da média do mercado) para as ações da Pague Menosa. O preço-alvo é de R$ 13,00.

Já para a Raia Drogasil, a classificação é neutra, com preço-alvo de R$ 27,00. Isso porque, segundo o banco, o desempenho positivo e o potencial de desenvolvimento já estão bem precificados. Os analistas também preveem lucro aproximadamente 10% no quarto trimestre abaixo do que o mercado.

Por outro lado, a XP Investimentos tem preferência pela Raia Drogasil no longo prazo. Os analistas observam as ações como defensivas.

no curto prazo, a XP tem preferência pela Panvel. Isso devido ao forte posicionamento regional da empresa, forte participação do digital e marca própria, e plano de expansão robusto.

A XP tem indicação de compra para Raia Drogasil, com preço alvo de R$ 28,00. Para a Pague Menos e Panvel, os preços-alvos são de R$ 19,00 e R$ 13,00, respectivamente.

O banco Goldman Sachs também possui recomendação de compra das ações da Raia Drograsil. O preço-alvo é de R$ 32 para o final deste ano.

A instituição ressalta que a rede de farmácias é uma das mais defensivas do segmento de consumo e varejo brasileiro — no contexto de um panorama de fraca demanda e projeções macro incertas.

No terceiro trimestre de 2021, a Raia Drogasil apresentou lucro bruto positivo. Em relação ao mesmo período de 2020, houve um crescimento de 21,4%.

Apesar disso, o analista da Suno Research, João Daronco, ao Estadão, estima que o aumento de serviços — via testes, em especial os de coronavírus —, no longo prazo, não deve ser relevante para o investidor. Segundo ele, esse movimento de acontecer somente enquanto a pandemia durar.

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Silvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.