Flow Podcast enfrenta problemas financeiros gerados por Monark

Diversas marcas que mantinham associação com o Flow Podcast saíram de cena nos últimos dias. As marcas iFood, Puma e Mondelez lamentaram o ocorrido e esclareceram, por meio de nota, que deixaram de apoiar o programa no ano de 2021.

Já Insider Store, Flash Benefícios e Fatal Model, pediram a rescisão imediata de seus contratos de patrocínio com a atração.

Essa resistência para o azar dos produtores de conteúdo não está apenas no campo publicitário. Acostumados a receber convidados com grande impacto nos programas, eles deixam de ir em programas da mídia tradicional, muitas vezes como “ Conversa com Bial” e o “The Noite”, o podcast perdeu todas as entrevistas que já estavam marcadas para essa semana.

Além disso, recebeu dezenas de pedidos para ocultar vídeos dos convidados que se arrependeram de estar ao lado de Igor e Monark.

No que depender das assessorias de imprensa, a chance de Zico, Ronaldo ou Gusttavo Lima aparecerem por lá nas próximas semanas são quase nulas.

A expectativas dos Estúdios Flow era que a demissão de Monark esfriaria os ânimos e evitaria que a crise se estendesse a outros podcasts do portifólio. Porém, essa tática falhou.

O “Ciência Sem Fim”, um sucesso de Sergio Sacani, teve de cancelar a agenda da semana e recebeu cobranças públicas de convidados que ficaram revoltados com a fala de Monark. 

Episódio

Na segunda-feira, (7), durante entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM) e Tabata Amaral (PSB), Monark defendeu a criação de um partido nazista no Brasil que fosse reconhecido por lei. “A esquerda radical tem muito mais espaço que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço, na minha opinião […] Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, disse o influenciador. 

O podcaster foi rebatido por Tabata, que afirmou que o nazismo coloca a população judaica em risco. “Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco coloca a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, comentou.

No Brasil, é considerado crime fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação do nazismo, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89. Caso seja caracterizado o ato de divulgar ou comercializar materiais com ideologia nazista, a pena pode variar entre um a três anos de prisão e multa.

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