Tarifas no Pix? Brasileiros estão pagando até R$ 150 por mês sem saber

As empresas que utilizam o PIX, podem pagar tarifas para usar a solução do Banco Central. Estas tarifas foram autorizadas pelo BC no ano passado para cobrir os custos de serviços financeiros, podem chegar a até R$150 e muitos nem estão cientes que pagam. 

O Santander cobra R$2,50 por cada saque de valores por empresas através do PIX Troco ou PIX Saque. O Banco do Brasil, por sua vez, também passou a cobrar uma taxa de R$2,90 de saques realizados pelas empresas. Como as taxas estão sempre sendo atualizadas, é importante se atentar a elas.

No caso do recebimento de valores pelo PIX, as taxas são mais elevadas. O Banco do Brasil cobra um percentual de até 0,99% do valor transacionado, com tarifa máxima de R$ 140. Já o Bradesco tem percentual mais elevado: até 1,4% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 0,90 e máxima de R$145. Por fim, o Itaú cobra até 1,45% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 150.

A Caixa, Nubank, Inter e C6 Bank não cobram tarifas de pessoas jurídicas. Os bancos tem autonomia para decidir quais contas empresariais serão tarifadas. A única determinação é que a cobrança seja feita somente quando a atividade empresarial seja detectada. Desta forma, para os clientes comuns, a solução de pagamentos permanece isenta de cobranças.

Valores livres 

O BC não estabeleceu um limite para estas taxas e nem uma tabela de tarifas, deixando os bancos com autonomia para definir qual valor será cobrado. Mas, caso estas taxas seja consideradas abusivas, o Banco Central pode intervir. O banco também é obrigado a notificar o cliente sempre que o valor for descontado de sua conta.

O gerente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Daniel Sakamoto, disse que a cobrança destas taxas é uma preocupação para a entidade. A instituição recomenda que os empresários realizem uma pesquisa para detectar quais as diferenças entre os bancos.

Ele destaca que o uso do PIX amenizou os custos, no entanto as taxas podem afetar essa vantagem.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.