Plataforma de captação de investimentos está ajudando startups a escalarem; entenda como

Pontos-chave
  • Startups como Trashin, Alter e Wuzu escalaram negócios após captações na CapTable, hub de investimentos responsável por levantar mais de R$ 65mi para 45 startups em 30 meses

O processo de crescimento de uma startup quase sempre passa pelo momento de captar investimentos no mercado. Esse movimento de buscar aporte é muito comum no início e no meio do processo de escalada de uma startup.

Entretanto, muitas startups ainda não se encontram preparadas para atrair a atenção de um fundo, mas para isso precisam de capital para amadurecer seu produto e sair da fase inicial. Neste cenário, o investimento coletivo vem ganhando cada vez mais espaço e valorização por parte das startups diante do poder e engajamento de comunidade de investidores criado pela captação via plataforma.

Neste contexto atua a CapTable, atualmente o maior hub de investimentos em startups do Brasil. Fundada pelos sócios Paulo Deitos, Guilherme Enck e Leonardo Silva, em conjunto com a StartSe.

Desde que passou a operar, em Julho de 2019, a plataforma regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já é responsável por captar mais de R$65mi para 45 startups, sendo mais de R$49mi somente em 2021.

Startups escalam após captação

Dentro do universo de startups que captaram investimentos por intermédio da CapTable e registraram crescimento após o aporte, temos a Trashin (startup de Logística Reversa, Gestão de Resíduos 360º e consultoria ambiental, alinhada com a agenda ESG).

A cleantech de Porto Alegre (RS) realizou duas rodadas de captação, sendo a primeira, em outubro de 2019, quando levantou R$1,1 milhão, e a segunda, na rodada follow-on, realizada em maio de 2021, captou R$1 milhão em pouco menos de 4 horas.

“As captações de investimentos que realizamos na CapTable foram de extrema importância para nós. Desde a primeira captação de recursos nós conseguimos escalar o negócio em todos os âmbitos. Triplicamos o número de clientes e passamos a fechar negócio com grandes corporações, como Alpargatas Brasil (Havaianas), Braskem, Movida, Unimed e outros. Esse crescimento é constatado inclusive quando olhamos para o faturamento mensal da Trashin que aumentou em 23 vezes desde a primeira captação”, detalha o CEO da Trashin, Sérgio Finger.

Outro case que se destaca após captar investimentos via CapTable é a Wuzu. Em novembro de 2020 levantou R$1,2 milhão e de lá para cá triplicou o número de colaboradores e clientes, além de multiplicar em quatro vezes o faturamento da startup.

“Para a Wuzu, captar investimentos com a CapTable teve uma importância muito grande, pois conseguimos estruturar melhor nossa operação e lançar dois novos produtos em menos de um ano. Além disso, ganhamos muita tração com a vinda de 200 novos investidores, que nos ajudaram em frentes comerciais e divulgação de produtos”, detalha o CEO da Wuzu, Anderson Nery.

Entre os novos projetos da Wuzu está a Volox, uma exchange que visa trazer uma opção para os grandes investidores, family offices, fundos e investidores qualificados, com expectativas de bater mais de R$50 milhões em volume de operações em 2022.

“Queremos trazer as melhores práticas do mercado financeiro para o mundo de digital assets, pois sabemos que, no futuro, ativos digitais e ativos tradicionais serão uma única coisa”, relata Nery.

Êxito com o exit

Entre os cases de startups que tiveram um crescimento exponencial após levantar aporte com o hub de investimentos está o Alter, primeiro e maior banco digital de ativos alternativos do Brasil. Em outubro de 2020, o Alter realizava sua rodada de captação com a CapTable. Na ocasião, a startup recebeu mais de R$2 mi em aporte de 768 investidores.

Apenas 8 meses após a captação de investimentos, a fintech de criptoativos aumentou seu faturamento em mais de 180% e mais que dobrou seu número de clientes. Já em julho de 2021 foi confirmado pelo Méliuz a compra da fintech em uma transação milionária.

Para Guilherme Enck, cofundador da CapTable, a negociação reforça a importância do mercado de investimentos em startups no Brasil. “Esta operação envolvendo a aquisição do Alter pelo Méliuz é um divisor de águas no que tange validação da tese da CapTable e também a credibilidade do investimento online em startups. Afinal, trata-se de uma empresa listada na Bolsa de Valores adquirindo uma startup”, explica Enck.

Democratização da busca por investimentos

Estima-se que atualmente o Brasil conta com aproximadamente 12,7 mil startups, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups). No entanto, segundo a Fundação Dom Cabral, cerca de 25% dessas 12,7 mil startups tendem a encerrar suas atividades em, no máximo, um ano.

Um dos principais motivos para a falência das startups é a falta de investimentos para aprimorar e crescer o negócio. E foi observando uma lacuna existente nos investimentos na fase inicial de um negócio. É nesta etapa que as startups mais precisam de recursos financeiros para escalar.

Ao perceber essa deficiência no mercado, a CapTable decidiu entrar no mercado para sanar essa dor existente no ecossistema. E os números mostram que o trabalho está dando certo.

“Quando olhávamos para o mercado de investimentos em startups, víamos que as informações ainda estavam desorganizadas. Faltava um player que organizasse os dados desse mercado, assim como a bolsa de valores organiza, centraliza e coordena o investimento nas grandes empresas. Foi aí que lançamos a CapTable. A ideia é ser um hub de captação de recursos para startups e conexão com investidores dispostos a se exporem a essa nova classe de ativo; e, também, trazer o pequeno investidor para esse mercado”, explica Enck.

Outro motivo que pode fazer que um empreendimento digital desande é o desalinhamento entre sócios e investidores, que podem estar atrelados à falta de clareza na visão, propósito e estratégia de negócios. Afinal, estes são pilares fundamentais para a construção de uma marca forte, conforme explica Fábio Milnitzky, CEO da iN Consultoria de Marcas.

“Uma sociedade é um casamento em que o projeto futuro faz valer os perrengues do dia a dia. Focar no modelo de negócios, alinhado com o perfil do empreendedor é fundamental para que as startups prosperem. É justamente esse alinhamento de interesses que permitirá uma parceria longeva e que gere o máximo de valor para todos que interagem com a organização”, detalha Milnitzky.

Transparência

Conforme revelado pela pesquisa Perfil do Investidor em Startups 2021, conduzida pela CapTable, a falta de Informação sobre as startups é o principal receio na tomada de decisão de investir em uma startup na ótica dos investidores.

Pensando nisso, a CapTable disponibiliza recursos que são constantemente aprimorados para dar total transparência aos investimentos aportados. “Nós trazemos aos investidores soluções como o painel do investidor, onde ele faz o acompanhamento das principais métricas quantitativas das startups em que investiu. Mantemos também uma comunicação constante para atualizá-los sobre os avanços, contratos e novas parcerias das startups”, detalha Enck.

Além desses recursos, o hub também disponibiliza um fórum online, onde novidades são compartilhadas e os investidores podem dar feedbacks e sugestões aos empreendedores, além de uma reunião anual dos investidores com o CEO da startup.

“A CapTable busca sempre trabalhar com transparência junto aos investidores e também as startups que captaram conosco. Essa forma de trabalhar é extremamente importante para nós”, finaliza Guilherme.

Sobre a CapTable

Em operação desde julho de 2019 e com a StartSe como uma das sócias, a CapTable disponibiliza todo o seu conhecimento para selecionar as startups que tenham grandes potenciais de serem os próximos unicórnios (startups com valor de mercado superior a US$1bi) e traz ao investidor comum a possibilidade de investir nesses negócios.

O cenário de incertezas na economia, mudanças constantes na taxa básica de juros e necessidade de diversificar os ativos investidos estão fazendo com que o brasileiro aprenda a investir em outras áreas. A pandemia do novo Coronavírus reafirmou essa tendência.

“Nosso foco é atrair investidores que têm a visão que investir nesta modalidade pode trazer ganhos que nenhuma outra disponível no mercado é capaz de ofertar. Basta imaginar quanto tiveram de retorno os primeiros que investiram no estágio inicial de startups como 99, iFood e outros”, afirma Paulo Deitos que é um dos cofundadores da plataforma.

Desde a sua criação, a CapTable conquistou a confiança de mais de 5.300 investidores ativos que aportaram mais de R$58 milhões em startups como Alter (fintech), Trashin (cleantech), Hiperdados (proptech/SaaS), Zletric (energy as a service), Finansystech (Open Finance as a Service), payfy (fintech), Easy B2B (B2Baas), Quadrado Express (retailtech), LeCupon (fintech), Weex (fintech/traveltech), Essent Agro (fintech/agrotech), Veriza (fintech), Play Delivery (Logitech) e outras.

Mais informações sobre opções de investimentos em startups no site https://captable.com.br/.

Victor Barboza
Meu nome é Victor Lavagnini Barboza, sou especialista em finanças e editor-chefe do FDR, responsável pelas áreas de finanças, investimentos, carreiras e negócios. Sou graduado em Gestão Financeira pela Estácio e possuo especializações em Gestão de Negócios pela USP/ESALQ, Investimentos pela UNIBTA e Ciências Comportamentais pela Unisinos. Atuo no mundo financeiro desde 2012, com passagens em empresas como Motriz, Tendere, Strategy Manager e Campinas Tech. Também possuo trabalho acadêmicos nas áreas de gestão e finanças pela Unicamp e pela USP. Ministro aulas, cursos e palestras e já produzi conteúdos para diversos canais, nas temáticas de finanças pessoais, investimentos, educação financeira, fintechs, negócios, empreendedorismo, psicologia econômica e franquias. Sou fundador da GFCriativa e co-fundador da Fincatch.