Marca chinesa chega ao Brasil para fabricar carros elétricos; investimento é de R$ 10 bi; confira

Nesta quinta, 27, a empresa chinesa Great Wall Motor, também conhecida como GWM, confirmou o início de suas operações no país. Porém não pense que tudo aconteceu de maneira rápida. A empresa estudou esta entrada no Brasil durante 12 anos, participando inclusive do Salão do Automóvel em 2012. 

Para concretizar este planejamento, a empresa comunicou um investimento de R$4 bilhões durante cinco anos e de outros R$6 bilhões para depois disso, além da compra recente da fábrica que pertencia à Mercedes-Benz localizada em Iracemápolis (SP).

No primeiro trimestre, a GWM planeja finalizar o processo de contratação da equipe que irá trabalhar no Brasil e ainda definir o planejamento de divulgação da marca e sua rede de concessionários. 

Os primeiros veículos vendidos aqui serão importados da China no final deste ano, porém, a produção nacional deve ser iniciada no segundo semestre do ano que vem. Todos os modelos terão em comum um conjunto eletrificado (híbrido ou totalmente elétrico), conexão com internet 5G e sistema para condução autônoma.

Toda a linha da marca será composta de modelos SUVs e picapes, que serão separadas em três submarcas já oferecidas na Ásia: Haval, com modelos urbanos; Tank, com utilitários fora-de-estrada de luxo; e Poer, com picapes topo de linha. No futuro, a marca ainda trará a Ora, divisão focada nos veículos elétricos.

É prevista também a expansão da fábrica comprada pela empresa que deve passar a suportar uma produção de 100 mil unidades por ano em 2025. Para dar conta deste número, será desenvolvida a infraestrutura de fornecedores locais, que será capaz de aumentar o nível de nacionalização para 60%. 

Ficará sob responsabilidade da operação brasileira fornecer veículos aos demais mercados da América Latina. A GWM possui atualmente oito centros de pesquisa e tem presença em mais de 60 países.

A projeção é que a fabricante alcance um faturamento de R$30 bilhões por ano já em 2025 no Brasil, ao passo que no mundo, é previsto um faturamento de US$ 95 bilhões, com 25% do total oriundos das operações de fora da China. Com isso, a empresa ele abrir 2 mil novas vagas diretas e mais de 8 mil empregos indiretos em toda a cadeia. 

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.