Nesta segunda, 24, um morador de Campo Grande, de 35 anos, foi vítima de um golpe e acabou perdendo R$103,3 mil, após sua conta bancária ser invadida. A situação foi avisada à vítima ontem, 25, pelo gerente do banco em que ele mantinha conta. Saiba mais.
O golpista realizou duas transferências no valor de R$49.900,00 e ainda pediu um empréstimo de R$53.490,02 em nome do cliente. Logo depois, os valores foram transferidos para uma outra conta de um banco digital, que o golpista criou em nome da vítima.
Não costa no boletim de ocorrência os detalhes de como a invasão aconteceu e nem os esclarecimentos o banco dados ao cliente, diante da quebra de segurança que acabou causando este grande prejuízo.
Golpes mais comuns
Uma pesquisa realizada pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) revelou que 22% dos entrevistados já foram vítimas de algum dos golpes financeiros. No mês de setembro, a quantidade estava em 21%. Grande parte das vítimas são pessoas com mais de 60 anos, respondendo por cerca de 30% do total, revelou a pesquisa.
Apontado por 48% das vítimas, o golpe mais comum era a “clonagem do cartão de crédito”. Neste golpe, os criminosos utilizam dados de um cartão existente para efetuar compras pela internet, ou a troca cartões.
Porém, é expressivo o crescimento do golpe da falsa central de atendimento, apontado pelo levantamento. Neste golpe, os criminosos fingem ser funcionários de uma central de atendimentos e solicitam os dados da vítima pelo telefone para que possam utilizá-los em outras transações fraudulentas.
A pesquisa mostrou que a quantidade de entrevistado que já caíram neste golpe cresceu de 18% em setembro para 28% em dezembro. Grande parte das vítimas está na faixa etária dos 45 a 59 anos, com 39% do total.
Já o golpe do WhatsApp, em que o bandido pede dinheiro para a vítima fingindo ser um amigo, parente ou conhecido, foi mencionado por 24% das pessoas, ficando três pontos percentuais acima do registrado em setembro. Existem ainda 5% de entrevistados que citaram o golpe do leilão de lojas virtuais falsas.
De acordo com o levantamento, as instituições financeiras estão trabalhando para alertar os clientes a respeito destes e de outros golpes. Foi mostrado que 56% dos entrevistados receberam mensagens dos bancos alertando sobre os golpes e também sobre quais cuidados devem ser tomados.