Mais gastos com animais e menos com viagens: veja como o cartão de crédito foi utilizado em 2021

No último ano, o número de pessoas que utilizaram as funções à vista, rotativo e parcelamento do cartão de crédito, totalizou 96,2 milhões, segundo o último Relatório de Cidadania Financeira do Banco Central.

Mesmo com uma queda significativa de 39 para 36 milhões de novas operações entre os meses de janeiro e julho, no último mês do ano, a quantidade de clientes com novas concessões voltou ao patamar de 2019, de acordo com o Banco Central. 

A Credicard, empresa que está entre as maiores emissoras de cartões do Brasil, realizou um estudo para descobrir como os consumidores utilizaram o cartão em 2021. Foi observado um grande crescimento em gastos relacionados com reformas, ao passo que despesas com viagens caíram.

O levantamento realizado com base nos dados de consumo dos cartões da bandeira, mostrou que entre as categorias que mais cresceram em valor consumido na comparação anual, estavam os pagamento de empreiteiros com uma alta de 53%. Seguindo na mesma linha, um aumento de 68% foi detectado nas despesas dos clientes ligadas ao serviço de arquitetos responsáveis por projetos de reforma.

Por conta da pandemia e do isolamento social, muitas pessoas passaram a trabalhar em casa e esta rotona trouxe a necessidade de mais conforto, na visão da professora de economia comportamental da ESPM, Paula Sauer.

“Estamos falando de dois anos em casa. Não dá para ficar improvisando um escritório, uma sala para estudar. Isso acabou imputando às famílias uma despesa que antes não era urgente, porque o espaço do trabalho e da escola estavam disponíveis”, disse ela ao Valor Investe.

Gastos com animais em destaque 

Um outro tipo de gasto que cresceu no último ano, foram os relacionados aos animais domésticos.

A compra de brinquedos e petiscos e serviços de banho e tosa foram alguns mimos que os donos resolveram proporcionar aos seus amigos de estimação. Junta-se a isso, o fenômeno dos últimos anos de humanização dos pets que passaram a ser considerados como membro da família. 

Porém, até mesmo no momento de cuidar de nossos animais, Paula orienta que deve se ter cautela. “Eu não posso prever que o meu pet vai adoecer. Mas posso guardar um dinheiro mês a mês para que ter o recurso quando for necessário. Esse é um exemplo de situação que algumas famílias poderiam evitar um endividamento com um planejamento financeiro adequado”.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.