Inflação deve continuar alta em 2022; confira como ‘proteger’ seu dinheiro

O mercado financeiro prevê que a inflação deve continuar alta em 2022. Os economistas preveem que o indicador deve encerrar o ano acima do teto da meta. A previsão faz parte do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (24).

Inflação deve continuar alta em 2022; confira como 'proteger' seu dinheiro
Inflação deve continuar alta em 2022; confira como ‘proteger’ seu dinheiro (Imagem: Montagem/FDR)

De acordo com os economistas, a inflação oficial do país, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve terminar 2022 com alta de 5,15%. Anteriormente, o mercado previa que a inflação deste ano chegasse a 5,09%.

Caso a estimativa se confirme, a inflação ficará acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Neste ano, a meta central de inflação é de 3,50% — podendo variar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, a meta será cumprida se oscilar entre 2% e 5%.

No ano passado, a inflação oficial ficou em 10,06%, segundo informado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o maior IPCA acumulado no ano desde 2015, quando chegou a 10,67%.

Em 2021, a inflação ficou acima da meta para o ano. O centro da meta era de 3,75%, podendo variar entre 2,5% e 5,25%. Por conta disso, o Banco Central precisou escrever uma carta aberta explicando os motivos pelo resultado.

Inflação deve continuar alta em 2022: Como ‘proteger’ o dinheiro

À Gazeta, o especialista em finanças, Luiz Alberto Caser, recomenda pensar, com relação aos investimentos, no longo prazo.

Para este ano, se preparar significa distribuir valores em diferentes aplicações que, juntas, possibilitem evitar a perda do poder de compra — e ainda procurar rendimento acima da inflação.

O especialista destaca a importância de dividir a carteira em grupos de investimentos proporcionais. Diante do cenário deste ano “de certa forma diagnosticado”, se tornam mais relevante os títulos de renda fixa e de fácil liquidez.

Dentro da renda fixa, Caser aponta que o CDB (Certificado de Depósito Bancário), neste momento funciona como uma proteção.

Em um cenário de escalada da inflação, a linha mais conservadora atrelada à taxa Selic tende a oferecer alguma proteção ao dinheiro.

O especialista informa que outra parte da carteira pode ser aplicada em títulos atrelados à inflação. Por exemplo, o Tesouro IPCA é a opção mais conservadora.

O investidor ainda pode investir em opções no mercado externo. Neste sentido, a pessoa física pode apostar nos (BDRs) Brazilian Depositary Receipts. Estes são recibos emitidos por instituições brasileiras com rendimento ligado ao de ações de companhias estrangeiras.

Antes de decidir aplicar nas opções citadas, o especialista ressalta a importância de dividir os objetivos com algum assessor de investimentos.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.