Nubank perde US$ 6 bi e Itaú volta a ser o banco mais valioso da América Latina; veja ranking

Pontos-chave
  • Nubank perde a liderança entre os bancos mais valiosos
  • Itaú reassume a primeira posição
  • Nubank investe em inteligência artificial

Desde o início de seu IPO no início do mês de dezembro de 2021, até a última terça, 18, o Nubank perdeu cerca de US$6 bilhões em valor de mercado e saiu do topo do ranking de instituição financeira mais valiosa da América Latina. Considerando esta queda superior a 5% das ações nos Estados Unidos, atualmente, o Nubank está valendo US$35,4 bilhões. 

Com este resultado, o Itaú Unibanco retoma a primeira colocação entre os bancos mais valiosos com um valor de mercado de US$39 bilhões, de acordo com dados da Economatica.

A fintech havia tomado a liderança do ranking logo depois de sua estréia na bolsa de valores de Nova York no mês passado com um valor de US$41,4 bilhões. Naquele momento, o Itaú valia US$ 37,799 bilhões.

No último dia 18, as BDRs do Nubank negociados na bolsa brasileira, B3, despencaram  4,65%, a R$ 7,17, levando esses recibos das ações listadas na bolsa de Nova York a caírem mais de 35% em comparação com seu melhor fechamento (R$ 11,50, em 11 de dezembro). Nos Estados Unidos, por sua vez, as ações da fintech recuaram mais de 5%.

Ranking das instituições mais valiosas da América Latina e o seu valor de mercado em 18 de janeiro:

  • Itaú Unibanco: US$: 39,3 bilhões
  • Nubank: US$ 35,4 bilhões;
  • Bradesco: US$ 34,2 bilhões;
  • Santander Brasil: US$ 21,3 bilhões;
  • BFBanorte: US$ 20,2 bilhões;
  • XP: US$ 15,2 bilhões;
  • B3: US$ 13,5 bilhões;
  • BTG: US$ 13 bilhões;
  • Banco do Chile: US$ 9 bilhões;
  • Santander Chile: US$ 9 bilhões

Ômicron 

No fim do ano passado, o Nubank sentiu os reflexos da variante Ômicron no mercado financeiro. A fintech sofreu mais de 10% de queda em seu valor em 20 de dezembro na volta de Nova York.

Perto de completar um mês na bolsa americana, os papéis do Nubank foram negociados a US$ 8,90, com uma diminuição de 9,18% após terem recuado mais de 10%.

Esta foi a primeira vez que os papéis da empresa são negociados com preço inferior de IPO (preço definido), de US$ 9.

Investimentos em inteligência virtual  

O Nubank informou que concluiu a compra do capital social da Olivia Al Inc e, indiretamente, da Olivia AI do Brasil, de acordo com o comunicado do dia 18 de novembro.

O comunicado do banco digital dizia que o Nubank desejava “integrar a plataforma e os serviços prestados pela Olivia com os produtos e serviços oferecidos pelo Nubank, bem como valer-se das capacidades estratégicas em ciência de dados e de um time altamente especializado, que vão permitir que o Grupo Nubank continue criando e oferecendo produtos baseados em inteligência artificial”.

A Olívia é uma startup de educação financeira lançada em 2016 nos Estados Unidos e que oferece soluções para controle financeiro e de gastos baseado nos hábitos dos usuários, através de inteligência artificial. A startup chegou ao Brasil em 2019, com a finalidade de criar serviços financeiros inteligentes.

A Olivia é a assistente financeira inteligente da Olivia AI, Inc.

Ela ajuda pessoas a gastar melhor e economizar mais ao pedir permissão para organizar todas as suas informações financeiras em seu app, aprender os seus hábitos de consumo, e recomendar formas personalizadas de como fazer mais com o seu dinheiro.

Isso tudo de forma gratuita, sem venda de dados, e com segurança em nível bancário. Sua tecnologia também já foi integrada à plataforma de diversos de nossos parceiros.

Existem diversas histórias de sucesso que mostram a importância da IA. As empresas que passaram a utilizar o machine learning e as interações cognitivas aos processos e aplicativos de negócios tradicionais conseguem aprimorar e muito a produtividade e a experiência de usuário.

Nubank

Nubank é uma empresa startup brasileira pioneira no segmento de serviços financeiros, atuando como operadora de cartões de crédito e fintech com operações no Brasil, sediada em São Paulo e fundada em 6 de maio de 2013 por David Vélez.

Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.