O Ministério de Minas e Energia irá conceder um desconto na conta de luz de 35,3 milhões de consumidores brasileiros que conseguiram economizar no consumo de energia elétrica em 2021. Os descontos serão aplicados na fatura deste mês de janeiro como uma espécie de bônus pela iniciativa de economia.
O bônus equivale ao montante de R$ 2,4 bilhões que serão distribuídos através dos descontos na conta de luz. No entanto, é importante se atentar às regras do programa lançado no mês de agosto em virtude dos efeitos provocados pela crise hídrica. Agora, como resultado, o benefício se direciona a quem teve o consumo reduzido entre o período de setembro e dezembro de 2021.
Mas não é só isso, não é qualquer economia que será considerada, é preciso que ela tenha atingido, pelo menos, a margem de 10% a 20% em comparação ao mesmo período de 2020. A iniciativa tem o propósito de incentivar o consumidor e economizar energia em um momento tão crítico e, por consequência, obter uma folga no bolso no fim do mês.
É importante explicar que o abatimento no valor final da conta de luz será de R$ 0,50 a cada quilowatt-hora (kWh) de volume de energia economizado dentro da meta de 10% a 20%. Portanto, o consumidor terá direito ao benefício apenas se a soma do consumo de energia elétrica de setembro a dezembro foi inferior ao apanhado dos mesmos meses em 2020, pelo menos, em 10%.
Na oportunidade, o Ministério de Minas e Energia informou que o desconto na conta de luz foi capaz de gerar uma economia total de 5,6 milhões de megawatt/hora (MWh) durante o período mencionado.
O montante representa, aproximadamente, 4,5% a menos na tarifa de energia elétrica de consumo residencial. Para se ter uma noção melhor da abrangência do bônus, o número referente à economia corresponde ao consumo anual dos estados da Paraíba ou Rio Grande do Norte.
A quantia também equivale a 3,81% da capacidade máxima de armazenamento no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, visto como a “caixa d’água” do Brasil. Em nota, o ministério ressaltou que, “essa redução representa, aproximadamente, 2,7% do consumo de energia verificado em todo o Brasil de setembro a dezembro de 2020, ano de referência para a apuração, demonstrando a assertividade do programa e a aderência aos propósitos para o qual foi estabelecido”.
O Governo Federal também aproveitou para informar que, durante o período de vigência do programa, evitou ligar as usinas termelétricas mais caras enquanto o consumo estava reduzido. Foi então que evidenciou o custo da usina mais cara despachada no período de outubro a dezembro, a UTE Araucária, em R$ 2.533,20/MWh. Por outro lado, o custo do programa foi de R4 500 MWh.
Logo é possível fazer uma estimativa de que a economia dos consumidores residenciais foi quatro vezes maior, chegando ao patamar de R$ 9,6 bilhões, na hipótese da substituição do programa por geração termelétrica adicional ao custo da UTE Araucária.