Na última quarta-feira (19), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu adiar a liberação do autoteste de Covid-19 no Brasil. O Ministério da Saúde na semana passada solicitou a liberação na semana passada.
Com o adiamento, a Anvisa aguarda o envio de informações adicionais sobre o uso dos testes de Covid-19 pelo Ministério da Saúde. A agência deu um prazo de 15 dias para que os dados sejam encaminhados para análise.
Os autotestes de Covid-19 são usados na Europa e nos Estados Unidos. Diante disso, o presidente Jair Bolsonaro (PL) passou a defender o teste. Porém, por enquanto, esses ainda não estão liberados no Brasil.
O autoteste poderá ser encontrado em farmácias e o próprio paciente é quem coleta a sua amostra e tira o resultado conforme as instruções do fabricante. Assim, será possível detectar o vírus ou descartar a infecção por Covid-19.
Após a divulgação da decisão da Anvisa o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, usou sua conta na rede social para informar que as informações solicitadas serão encaminhadas á agência. Além disso, reafirmou seu posicionamento favorável sobre a liberação dos autotestes de Covid-19.
A Anvisa informou que que o governo precisa detalhar uma estratégia de testagem em âmbito nacional, antes da liberação do autoteste. O Ministério da Saúde informou a agência na nota técnica que o autoteste é “uma estratégia adicional para prevenir e interromper” a transmissão do Coronavírus.
O texto também informa os parâmetros que os fabricantes de autotestes devem seguir em relação ao produto e à embalagem. Além disso, explica que deve haver um canal de comunicação por telefone gratuito para suporte aos usuários.
Porém, a agência acredita que a pasta precisa esclarecer se haverá um mecanismo para notificar os casos positivos e como esses casos serão nos dados oficiais. Sendo assim, é esperado que essa resposta, entre outras, sejam apresentadas a Anvisa entre esses 15 dias.
“Uma aprovação… forneceria o acesso a um instrumento de triagem diagnóstica, que necessariamente precisa vir a reboque de uma política pública, no sentido de sanar uma série de questões até o momento não totalmente contempladas pela análise que fizemos”, afirmou o presidente da Anvisa, Antonio Torres.